A biodiversidade, ou diversidade biológica, inclui a diversidade de espécies, mas também a variedade de genes e ecossistemas, que nem sempre é considerada, mas que tem grande importância na definição das adequadas políticas e ferramentas de conservação da natureza – incluído a própria biodiversidade e serviços de ecossistema.
A biodiversidade é essencial ao bom funcionamento dos ecossistemas e à manutenção dos benefícios que eles geram, desde os alimentos, à madeira e à fibra, passando pelo sequestro de carbono ou pelo bem-estar espiritual, em conjunto chamados de serviços do ecossistema. Neste sentido, por ser central na preservação de vários serviços – alguns deles vitais – que a natureza nos providencia, a conservação da biodiversidade é essencial à sobrevivência da própria espécie humana.
Um dos maiores desafios da atualidade é articular a conservação da biodiversidade com as crescentes necessidades de uma população humana em expansão. Isto porque, por um lado, temos uma taxa muito elevada de perda de biodiversidade – o Índice Global Living Planet indica que desde 1970 se perderam perto de 70% das espécies -, e por outro lado, a espécie humana tem aumentado a sua pegada ecológica a um ritmo também ele preocupante, acima da capacidade do planeta.
Para responder a este desafio é necessário olhar para os usos-da-terra e repensá-los, de modo a integrar a conservação da biodiversidade e a produção de bens e serviços que satisfaçam as necessidades humanas.
Uso agrícola, uso florestal, uso para conservação da natureza, ou outros, desde que devidamente integrados segundo princípios de gestão sustentável, poderão contribuir para responder ao enorme desafio que enfrentamos.