Geoparques, reservas naturais e muitos hectares de espécies florestais destacam o valor da floresta enquanto produto turístico do Centro de Portugal. É necessário valorizar estes “ativos” que serão cada vez mais procurados pelos “novos” turistas.
A grande variedade de espécies florestais valoriza a floresta enquanto produto turístico. Esse valor é especialmente elevado no Centro do país, onde a floresta se estende por mais de um milhão de hectares, cerca de 38,8% deste território, colocando a região como a segunda com maior área de floresta em Portugal.
Por isso, e apesar de ser difícil de contabilizar o contributo da floresta e património natural para o turismo, o seu valor é elevado e vai ao encontro do perfil do turista de 2030, que terá preferência por destinos ambientalmente sustentáveis, com enquadramentos e alojamentos ecológicos, que potenciem a saúde e bem-estar.
As entidades regionais de turismo querem dar resposta a estas tendências, promovendo a floresta enquanto produto turístico, mas querem também ser ouvidos na altura de definir estratégias e planos florestais, já que deles vai depender, em grande medida, a qualidade e atrativo da paisagem.
Reservas destacam floresta enquanto produto turístico da região
Esta “alteração profunda de paradigma” nas preferências turísticas abre oportunidades para muitos destinos e atividades, como as caminhadas ao ar livre ou os passeios de bicicleta, já em curso no Centro de Portugal, valorizando ainda mais as florestas enquanto produto turístico, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Atualmente, a região dispõe de um conjunto de espaços com a “chancela” UNESCO, que enaltecem as suas características enquanto destino não massificado e detentor de um património natural capaz de deslumbrar qualquer turista.
Entre os seus “ativos” destacam-se três geoparques e três reservas naturais: geoparque Naturtejo, da Serra da Estrela e de Arouca, Reserva da Biosfera Transfronteiriça Tejo/Tajo Internacional, Reserva Natural Berlengas e Reserva Natural do Paul do Boquilobo.
Estas classificações são um reconhecimento do seu interesse para biodiversidade, mas representam também o compromisso com a comunidade global, frisa Pedro Machado, Presidente do Turismo do Centro, que lembra que “o planeta que temos hoje é apenas um planeta que pedimos emprestado aos nossos filhos” e, por isso, temos de o deixar em boas condições para que eles possam continuar a usufruir da Terra tal como nós fazemos.