E se, em vez de falarmos em educação ambiental, passássemos a falar de literacia de natureza? Imagine um mundo onde cada pessoa se torna um leitor da Terra, capaz de decifrar os segredos escondidos nas folhas, nas águas ou no solo. Nesta nova perspetiva, o conhecimento não é apenas transmitido, mas experimentado: é o sentir da vibração de um rio que conta histórias milenares, é ver em cada gota de água o reflexo de uma vida interligada, é “ler” a natureza, compreendendo os seus sinais, os seus ciclos e as suas dinâmicas. E reconhecer a nossa total interdependência do meio natural que nos rodeia.
A perda acelerada da biodiversidade ameaça não só espécies animais e vegetais, mas também a própria sobrevivência humana. Para enfrentar essa crise, projetos inovadores de créditos de biodiversidade ganham espaço, atribuindo valor económico à natureza e incentivando a conservação. Soluções com base no mercado são vistas como promissoras para inverter a crise da biodiversidade.
O eucalipto é uma árvore imponente, de folhas estreitas e alongadas, conhecida pelo seu aroma agradável. Em Portugal, é a principal fonte de fibra para a produção de pasta de papel, mas este não é o único contributo que nos traz. As folhas de eucalipto guardam uma riqueza que importa conhecer e valorizar.
Apoiado pela metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos, o projeto Edufire Toolkit desenvolveu uma proposta educativa para estudantes entre os 12 e os 16 anos sobre incêndios florestais e alterações climáticas. Os conteúdos estão disponíveis e são um ponto de partida para quebrar as barreiras de um ensino unidirecional, isolado das comunidades e fechado em salas de aulas.
Como seria o nosso território se, quando eu era criança, tivéssemos agido com a competência necessária para gerir as nossas florestas? Não sei, mas sei que temos de fazer algo já. Se queremos beneficiar da riqueza destas áreas florestais é imperioso que saibamos geri-las. Passaram 40 anos desde que eu era criança, 40 anos de incêndios com intervalos menores, 40 anos de questionamento e indignação. Vamos perder ainda mais tempo?
Conhecer o potencial dos produtos derivados da bolota de carvalho-negral foi um dos propósitos do projeto AcornDew, que confirma a qualidade nutricional do óleo e da farinha desta bolota e a viabilidade da farinha para integrar a cadeia de valor do sector alimentar. Estas são informações relevantes para os proprietários florestais, pois a capacidade para gerir estas florestas depende em muito do seu potencial de valorização