É indispensável um muito maior esforço de promoção da certificação florestal em Portugal e da sua comunicação junto dos agentes económicos e do público em geral. O crescimento orgânico da área florestal e entidades certificadas sem o desenvolvimento de campanhas de promoção é uma quimera.
As florestas e, mais concretamente, as políticas florestais dos Estados têm vindo a ganhar centralidade no discurso e na acção política dos governos em resposta à crescente consciência e preocupação colectiva com o ambiente e o clima. A certificação florestal em Portugal tem aqui um papel relevante, mas urge potenciá-lo.
O papel essencial que as florestas assumem na acção dos Estados no combate às alterações climáticas veio acrescer a outras funções ambientais relevantes desde há muito reconhecidas, como a salvaguarda da biodiversidade e a prestação de muitos outros serviços do ecossistema. Esta tendência tem colocado a floresta crescentemente sob a esfera de influência da decisão política no domínio do ambiente, secundarizando a sua função produtiva e a sua inquebrável ligação a um conjunto muito vasto de actividades económicas de importância vital para as sociedades modernas.