Apesar dessa caracterização não ser possível, estudos académicos mostram que os objetivos dos proprietários e as lógicas económicas subjacentes à gestão das propriedades florestais influenciam a decisão de participar em iniciativas de gestão conjunta da floresta, que correspondem a uma forma particular de cooperação.
A cooperação pode ocorrer ao nível da gestão, em aspetos financeiros ou limitar-se à partilha de equipamento ou de informação, como identificou Kittredge, em “The cooperation of private forest owners on scales larger than one individual property…” (2005):
• No caso da gestão conjunta, esta é realizada ao nível da paisagem, integrada no espaço e no tempo. As decisões de gestão são tomadas de forma integrada e implementadas atendendo ao enquadramento natural e cultural e aos recursos económicos, ou seja, baseiam-se no ecossistema.
• A cooperação financeira corresponde à organização dos proprietários para obterem uma posição mais vantajosa no mercado, nomeadamente ao nível do preço de venda da madeira, que resulta de um aumento de escala. O aumento de escala permite ainda fornecer aos membros das organizações de proprietários/produtores informação organizada, oportunidades de formação e serviços de gestão das propriedades (por exemplo, planos de desenvolvimento, venda de madeira, reflorestação, desenho e construção de estradas, etc.), e exercer influência política.
• No caso da partilha de informação ou de equipamento, cada proprietário continua a gerir de forma independente a respetiva propriedade, não existindo gestão conjunta.