O RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e Papel acaba de integrar a rede de Clubes UNESCO, um conjunto de organizações cujo trabalho vai ao encontro da missão das Nações Unidas no apoio à Educação, à Ciência e à Conservação do Património e Herança Cultural. Esta integração deve-se, em particular, ao seu novo projeto educativo Floresta do Saber, também apoiado pela Gulbenkian.

Focado na educação e sensibilização dos mais novos para as questões relacionadas com a floresta e a sustentabilidade, o projeto Floresta do Saber recebeu o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do seu programa de sustentabilidade, e é agora reconhecido pela UNESCO com a entrada do Instituto RAIZ na sua rede de Clubes, que conta com mais de 60 membros em Portugal.

Pensado para complementar os planos curriculares vigentes em Portugal, o projeto Floresta do Saber vai promover a reflexão e divulgação de matérias que focam transversalmente as florestas e os bens e serviços que elas nos providenciam, desde a semente aos serviços do ecossistema e aos bioprodutos, apoiando-se para o efeito em dois pilares:

– O vasto património natural, histórico e cultural da Quinta de São Francisco, em Aveiro, onde está instalado este instituto de investigação;

– O conhecimento científico e tecnológico gerado pelo Instituto RAIZ;

Floresta do Saber vai promover atividades de interior, de campo e online

Para conjugar estes dois pilares, o Floresta do Saber contará com um espaço próprio no interior da Quinta de São Francisco: a centenária casa do pensador, escritor e político Jaime de Magalhães Lima, antigo proprietário e responsável pela plantação de grande parte deste espaço com cerca de 14 hectares.

No interior da casa funcionará o Laboratório da Floresta, dedicado à sustentabilidade e bioeconomia florestal. Apesar de estar aberto à sociedade civil, é dirigido principalmente à comunidade escolar, com ferramentas que apoiam a transferência de conhecimento, por exemplo, através da mostra de novos produtos derivados de fontes renováveis e sugestões que ajudam a reduzir a pegada de carbono ou promover a circularidade.

Em paralelo, este espaço albergará outras iniciativas, nomeadamente de reflexão, com a promoção de think tanks abertos a todos, mas pensados para despertar as futuras gerações.

No exterior, o Floresta do Saber promoverá visitas e percursos guiados que permitirão conhecer ao vivo a riqueza da flora e fauna da Quinta de São Francisco, desde os jardins que envolvem os edifícios da Quinta ao bosque de árvores de folha caduca, passando por árvores monumentais e centenárias, pelo arboreto de gimnospérmicas (espécies em que as sementes são visíveis, como nas coníferas) e pelo maior arboreto de eucaliptos em Portugal.

Além das atividades de ar livre, em laboratório e das palestras no think tank, o Floresta do Saber vai ainda promover iniciativas em contexto digital, quer através do site do projeto, quer pela criação de jogos didáticos, facilitando a aquisição de conhecimentos pelos mais jovens através do uso de ferramentas avançadas.

Saiba mais sobre o Programa de Sustentabilidade da Fundação Calouste Gulbenkian e sobre a Rede Portuguesa de Clubes UNESCO.