Notícias e Agenda

09.09.2019

Novos Caminhos de Santiago: 750 km à descoberta do Alentejo e Ribatejo

Novos Caminhos de Santiago: 750 km à descoberta do Alentejo e Ribatejo

Foram inaugurados formalmente no dia 4 de setembro e são um convite para conhecer, em caminhada, o Alentejo e o Ribatejo, no percurso de peregrinação até Santiago de Compostela. Os Novos Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo assentam em dois grandes percursos – Caminho Nascente e Caminho Central – que se estendem aproximadamente por 30 municípios e 750 quilómetros.  

70% do percurso está estruturado em trilhos e caminhos rurais, pelo que percorrer os Novos Caminhos de Santiago é também uma forma de descobrir alguns recantos únicos de biodiversidade e floresta.  

Lançados sob o slogan “Um segredo bem guardado”, os dois caminhos começam no Algarve e, a partir daí, permitem desvendar tesouros do património natural, arquitetónico e arqueológico nacional aos peregrinos que se juntem a estes itinerários. O Caminho Nascente (320 quilómetros) inicia-se em Alcoutim e tem a etapa final em Vila Velha de Rodão, enquanto o Caminho Central (420 quilómetros) tem no Ameixial o seu ponto de partida, encerrando o percurso em Tomar.

O objetivo é que esses caminhos sejam depois articulados com outros percursos – a sul, centro e norte – que permitam atravessar o país desde o litoral Algarvio (Faro e Tavira) até Santiago, no âmbito do projeto alargado Caminhos da Fé (cofinanciado por fundos comunitários do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização – Compete 2020). 

 

O que ver nos Novos Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo? 

A definição da rota exata dos caminhos pelo Alentejo e Ribatejo resulta de um levantamento de recursos associados à Ordem de Santiago. Esta é uma rota de invulgar beleza e interesse natural pelas áreas rurais das duas regiões.  

No Caminho Nascente, destacam-se os montados de sobro e azinho (marcantes, por exemplo, na etapa entre Evoramonte e Estremoz) ou o perímetro florestal de Cabeça Gorda, rico em sobreiros e eucaliptos, com abundância de cogumelos, plantas aromáticas, plantas medicinais e fauna cinegética (como veados e javalis), entre outros recursos.

Se optar pelo Caminho Central, esteja particularmente atento à passagem pelo montado misto de sobreiro e pinheiro manso do concelho de Coruche, “Capital Mundial de Cortiça”, e ao distinto montado de sobro da vila de Santo Estevão. 

De realçar que ambos os percursos, Nascente e Central, têm início na ribeira do Vascão, o afluente do Guadiana que constitui o maior rio sem interrupções artificiais (como barragens, por exemplo) em Portugal. Rico em biodiversidade e distinguido como Sítio Ramsar (zona húmida de relevância internacional), a ribeira inclui na sua paisagem azinheiras (Quercus rotundifolia), pinheiros-mansos (Pinus pinea), amendoeiras (Prunus dulcis), eucaliptos (Eucalyptus globulus) ou figueiras (Ficus carica), entre muitas outras espécies.  

Para mais informações, consulte o site oficial dos Novos Caminhos de Santiago