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Certificação Florestal

A madeira certificada vale mais?

Em Portugal, existem “prémios” de valor para a madeira certificada que é comprada aos produtores. Esta é uma forma de incentivo por parte das entidades privadas, nomeadamente da indústria de base florestal.

Segundo a análise aos mercados florestais da APFC – Associação de Produtores Florestais do Concelho de Coruche e Limítrofes, divulgado em maio de 2018, a madeira certificada de eucalipto (para a indústria de pasta e papel) tem um prémio associado de 4 euros por m3. Este valor-prémio é igual ao praticado para o pinho certificado.

O selo da certificação responde também às crescentes preocupações ambientais e sociais dos consumidores, refletidas nas tendências de procura, quer em Portugal, quer além-fronteiras. De acordo com um estudo da Oney, publicado em 2020, 90% dos consumidores na Europa dizem estar sensíveis ao consumo sustentável e esperam que as marcas assumam esse compromisso ambiental. Em termos de procura, este é um indício de que a madeira certificada poderá ter maior valor para o consumidor, o que se concretiza numa oportunidade de diferenciação no mercado.

Neste sentido, a certificação da gestão florestal beneficia produtores e gestores florestais, independentemente da sua dimensão, já que a avaliação por uma auditoria independente permite uma diferenciação de mercado dos produtos com origem numa gestão florestal responsável. É, portanto, uma mais-valia ao longo de toda a cadeia de produção.

Portugal foi um dos primeiros países europeus a atribuir um prémio pago pela madeira certificada, tendo sido destacado no relatório Forest Products Annual Review de 2007/2008, da FAO (página 139).

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