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Recursos Naturais

Como melhorar a recarga de aquíferos?

Podemos fazê-lo através da gestão da recarga de aquíferos, ou seja, de estratégias ou soluções que consistem em aproveitar a água existente à superfície, que não é utilizada pelas atividades humanas, mas está disponível em períodos de abundância, criando reservas que serão usadas em alturas de maior escassez. É uma forma de armazenar água no subsolo para ser usada mais tarde.

As estratégias de recarga de aquíferos, também denominadas por recarga artificial dos aquíferos, permitem:

  • armazenar água nas reservas subterrâneas, reforçando-as para uso futuro;
  • equilibrar flutuações entre a oferta e a procura de água;
  • estabilizar ou elevar o nível de água subterrânea em zonas onde há muita captação de águas subterrâneas (zonas sobre-exploradas);
  • armazenar água, evitando a evaporação e o escorrimento à superfície (em alturas de chuvas intensas este escorrimento arrasta o solo, causando erosão, e originando deslizamentos de terras);
  • manter os caudais de rios e ribeiros alimentados por estes aquíferos;
  • gerir a salinização dos solos (associada à descida dos níveis freáticos e à intrusão de água salgada) e o deslizamento de terras;
  • aproveitar a água em excesso, resultante de eventos extremos (chuvas torrenciais, por exemplo).

A recarga de aquíferos pode ser feita por infiltração superficial ou pela injeção de água em profundidade, através de poços que bombeiam e canalizam a água em excesso diretamente para os aquíferos subterrâneos.

A infiltração superficial pode ser incentivada pela criação de lagos ou ribeiros em zonas de solos de drenagem rápida (solos cuja textura promove a infiltração), pela criação de sistemas de armazenamento de água da chuva ou conduzindo a água para canais naturais de infiltração.

A gestão da recarga de aquíferos surge, por vezes associada, à sigla MAR, do inglês Managed Aquifer Recharge.

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