Alterações Climáticas
As florestas são os ecossistemas terrestres com maior capacidade de sequestro de carbono. Mais floresta significa maior capacidade de capturar o dióxido de carbono (CO2) acumulado na atmosfera. Assim sendo, quanto maior a área de floresta, maior é o potencial para o sequestro e armazenamento do CO2.
Sendo o carbono o quarto elemento mais abundante no universo, é parte integrante da vida no nosso planeta. A sua quantidade na Terra é estável, mas o seu estado (orgânico ou inorgânico) e stocks alteram-se consoante se encontra no subsolo, solo, vegetação, oceano ou atmosfera. Estes reservatórios não são estanques: existem fluxos entre eles que se movem em ciclos rápidos (orgânicos, que resultam de trocas entre organismos vivos) e lentos (geológicos, ao longo de milhões de anos). Ainda assim, podemos considerar que cerca de 30% do carbono está retido no solo e aproximadamente mais um quarto (24%) nos oceanos. Os restantes 45% de carbono permanecem na atmosfera sob a forma de GEE.
A fotossíntese feita pelas plantas (terrestres e marinhas) e outros organismos fotossintéticos como as cianobactérias (bactérias que obtêm energia por essa via) é uma das formas de efetuar estas trocas, permitindo absorver o carbono da atmosfera. Inversamente, a respiração, decomposição (de vegetais, animais e micróbios) e combustão libertam carbono para a atmosfera.
Alterações Climáticas
Durante os últimos 25 anos, as florestas removeram cerca de um quarto das emissões anuais globais de dióxido de carbono, ajudando, assim, a mitigar os efeitos das alterações climáticas recentes. Em Portugal, o contributo das florestas como sumidouro de carbono tem vindo a diminuir nos últimos 10 anos.
Alterações Climáticas
Décadas de ensaios sugerem que o aumento previsto de dióxido de carbono para o final do século XXI vai promover a produtividade das plantas e a sua capacidade de sequestro de carbono. Caso as previsões se confirmem, quais os limites deste efeito, considerando os recursos naturais?
Alterações Climáticas
Aumentar a área florestal, promover a resiliência da floresta e utilizar mais produtos lenhosos que, depois de transformados, continuam a armazenar carbono, são três pontos centrais para fazer da floresta um sumidouro mais eficiente dos gases com efeito de estufa (GEE) em contexto de emergência climática.