Alterações Climáticas
Os ciclos orbitais de Milankovitch foram batizados com este nome em homenagem ao astrofísico sérvio Milutin Milankovitch (1879-1958), que desenvolveu uma das mais importantes teorias que relacionam os movimentos da Terra e as alterações climáticas de longo termo.
De acordo com a sua teoria, existem alterações na órbita de Terra que explicam as sequências de milhares de anos entre eras glaciares e de aquecimento global, que são demasiado lentas para explicar as alterações climáticas das últimas décadas.
Os ciclos orbitais incluem três fatores:
– excentricidade orbital: a forma da órbita terrestre varia entre uma elipse e uma forma mais circular em ciclos de cerca de 100 mil anos;
– obliquidade ou movimento de inclinação axial: o eixo de rotação de Terra é ligeiramente inclinado em relação ao sol e o plano orbital varia entre 22,5° e 24,5º;
– precessão axial: o eixo de rotação da Terra também oscila entre um sentido apontado para a estrela Vega e outro apontado à estrela do Norte ou Polar.
As três principais variações orbitais dos Ciclos de Milankovitch. Excentricidade: mudanças na forma da órbita da Terra. Obliquidade: mudanças na inclinação do eixo de rotação da Terra. Precessão: variação do sentido desse eixo de rotação.
Fonte: Skeptical Science
O efeito combinado desses ciclos causa mudanças de longo prazo na quantidade de luz solar que atinge o planeta, levando a uma variação no aquecimento. Quando este é mais elevado, inicia-se um período de degelo que leva ao aumento da quantidade de dióxido de carbono atmosférico. Este aumento vai amplificar o aquecimento inicial e espalhá-lo por todo o planeta.
Alterações Climáticas
As florestas são os ecossistemas terrestres com maior capacidade de sequestro de carbono, retendo-o nos seus produtos, que podem substituir materiais e energia de origem fóssil. Plantar e cuidar da floresta são ações prementes para mitigar os impactes do aquecimento global decorrente das alterações climáticas.
Alterações Climáticas
Durante os últimos 25 anos, as florestas removeram cerca de um quarto das emissões anuais globais de dióxido de carbono, ajudando, assim, a mitigar os efeitos das alterações climáticas recentes. Em Portugal, o contributo das florestas como sumidouro de carbono tem vindo a diminuir nos últimos 10 anos.
Alterações Climáticas
Apesar do contributo da floresta como sumidouro de carbono ser positivo em muitos países, incluindo em Portugal (na maioria dos anos), o saldo entre gases com efeito de estufa emitidos e retidos está longe da neutralidade. Esta realidade tem acelerado as alterações climáticas em Portugal e no mundo, com impactes também para as florestas.