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Gestão Florestal

Quais as razões que fazem da floresta plantada uma aliada da floresta natural?

As florestas plantadas contribuem para conservar as florestas naturais, reduzindo a pressão de desflorestação sobre estas áreas, ao mesmo tempo que apoiam o fornecimento de bens e serviços cujo papel é reconhecido em termos ecológicos, económicos e sociais. Conheça seis principais razões que fazem da floresta plantada uma aliada da floresta natural:

1. Fontes essenciais de produtos florestais e serviços ambientais: além de produtos lenhosos, como a madeira, fibra, carvão e energia, as florestas plantadas são fonte de outros produtos não-lenhosos como a cortiça, o mel, frutos e sementes, óleos essenciais, cogumelos ou caça, e providenciam serviços importantes para além da fixação de carbono, que ajuda a mitigar as alterações climáticas: regulam o clima, purificam a água e o ar, protegem o solo da erosão e de cheias, constituem habitats e áreas de biodiversidade, e contribuem como áreas de lazer e cultura.

2. Compensam a diminuição da área de floresta natural: as áreas de floresta nativa continuam a reduzir-se em termos globais, mas parte desta perda tem sido contrabalançada por floresta plantada, aliada da floresta natural como fonte de produtos e serviços do ecossistema. A existência destas áreas plantadas permite retirar a pressão sobre as áreas naturais existentes, permitindo que sejam mantidas como zonas de conservação.

3. Alternativa para a procura crescente de madeira e novos bioprodutos: além do aumento da procura de madeira, a crescente aplicação de matérias-primas naturais renováveis e recicláveis no âmbito da bioeconomia veio aumentar a procura por materiais florestais. As plantações sob gestão adequada são fonte destes materiais e possibilitam a preservação de áreas naturais de floresta para outros fins.

4. Fonte de rendimento: muitas das áreas florestais que conhecemos foram plantadas e mantiveram-se porque geram um rendimento que permite manter estes espaços sob gestão e que contribui para o emprego e a dinamização dos espaços rurais. São exemplos deste rendimento a cortiça e pastagens dos montados, a madeira, resina, pinhas e pinhões dos pinhais ou a pasta para papel dos eucaliptais.

5. Ligam o solo à atmosfera: quando as plantas fazem a fotossíntese, estão a fixar carbono e a libertar oxigénio – é por isso que se diz que são o elo de ligação entre o solo, que lhes é indispensável, e a atmosfera. De uma forma geral, pode dizer-se que por cada quilograma de carbono sequestrado, são libertados cerca de 2,67 quilogramas de oxigénio (estimativa com base nos pesos atómicos). Os povoamentos mais jovens e as espécies de mais rápido crescimento, como por exemplo o eucalipto, o choupo e o pinheiro bravo, são também as espécies que fixam mais carbono e libertam mais oxigénio. Também neste sentido, a floresta plantada que em muitos casos privilegia estas espécies, é uma aliada da floresta natural.

6. São cada vez mais sustentáveis, com a garantia de programas de certificação internacionais: a gestão responsável ou sustentável das florestas plantadas tem-se ampliado e a procura crescente por produtos mais amigos do ambiente tem apoiado a certificação florestal como forma de garantir a sustentabilidade da sua proveniência. Além disso, a certificação garante que são aplicadas as melhores práticas de gestão, ambientalmente adequadas, economicamente viáveis e socialmente justas, contribuindo também para que as florestas plantadas conciliem áreas de produção com espaços de conservação e proteção.

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