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Dinâmica Rural

Quando se iniciaram as preocupações de reflorestação em Portugal? E porquê?

A florestação e reflorestação em Portugal constituiu, desde cedo, uma preocupação, remontando à iniciativa régia as primeiras iniciativas para impedir o corte e impor a plantação de árvores em baldios e zonas sem vegetação.

Tal como referido no documento “A economia do sector da cortiça em Portugal”, são exemplos de medidas importantes:

– a Carta Régia de D. João III de 7 de agosto de 1546, que proíbe o corte de sobreiros e a sua utilização para o fabrico de carvão ou cinza nas saboarias no Ribatejo;

– o Alvará Régio de 3 de Outubro de 1546, que manda plantar árvores pelas margens dos rios e ribeiras para a construção naval, mas também para a proteção dos terrenos;

– a “Lei das Árvores” de 1565, que ordena “que se prantem árvores para madeira”: pinheiros, castanheiros, carvalhos ou outras árvores adaptadas aos solos, prioritariamente nos “montes baldios”;

– o Regimento do Monteiro-Mor, promulgado por Filipe II em 1605 e mantido por D. João IV, que defendia as matas reais contra os cortes, a caça e o pastoreio abusivo;

– as medidas tomadas em 1783, no reinado de D. Maria I, contra o abate indiscriminado de árvores e o fogo posto.

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