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Pragas e Doenças

Quais as principais doenças do castanheiro?

As doenças do castanheiro que representam maiores ameaças na Europa são a doença da tinta (provocada por oomicetas do género Phytophthora spp.), o cancro do castanheiro (provocado pelo fungo Cryphonectria parasitica (Murrill) M.E. Barr), que chegou à na Europa em 1938, vindo dos Estados Unidos da América, e a vespa-das-galhas-do-castanheiro, (Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu), nativa da China.

O cancro do castanheiro, uma doença visível nos ramos, pode ser gerido através de controlo biológico (hipovirulência): o processo passa por infetar o fungo responsável pela doença (C. parasítica) com um vírus (do género Hypovirus), que converte o fungo virulento em não virulento. Desta forma, cura-se a lesão.

A vespa-das-galhas-do-castanheiro foi identificada pela primeira vez na Europa, na zona Noroeste de Itália, em 2002 e detetada no nosso país em 2014. Esta doença provoca o desenvolvimento de galhas nas folhas, gomos ou rebentos florais, prejudicando o crescimento e a produção de fruto. O controlo biológico através de um dos seus parasitóides específicos, por exemplo o Torymus sinensis, tem provado ser um método eficaz, pelo que foi constituído um Plano de Ação Nacional para a sua implementação.

Ao contrário destas duas doenças do castanheiro, não existe ainda controlo biológico para a doença da tinta, em Portugal. Acresce que esta é uma doença radicular – que faz apodrecer a raiz antes de haver sintomas na copa ou tronco – e é por isso uma doença silenciosa. Quando os sintomas se revelam já não há nada a fazer para salvar a árvore. As soluções passam por utilizar porta-enxertos melhorados geneticamente para resistir a uma das doenças do castanheiro com maior incidência na Europa.

Se detetar sinais que possam estar relacionados com as pragas e doenças dos castanheiros, contacte o Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal ou uma associação de produtores da região. Pode ainda contactar o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas que, juntamente com a GDAV – Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, é responsável pelo pelouro da fitossanidade florestal em Portugal.
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