A partir do momento em que um conjunto de organismos chega a um local sem vida (uma zona recém coberta pela lava de um vulcão, por exemplo) e ali consegue instalar-se, começa a formar-se uma comunidade biológica, que constitui a etapa mais simples na evolução de um ecossistema, ou seja, a primeira etapa de um longo processo de sucessão ecológica.
As primeiras espécies que conseguem instalar-se (chamadas de espécies pioneiras) vão interagir entre si e também com o meio ambiente (o seu habitat), alterando as condições do habitat, que eram inicialmente adversas, e tornando-as mais propícias à instalação de novas comunidades biológicas cada vez mais diversas e complexas.
Gradualmente, ao longo do tempo, as comunidades mais complexas vão substituindo as mais simples, numa mudança que segue, em muitos casos, padrões relativamente definidos, até se alcançar um ecossistema maduro, que atinge o seu potencial máximo. Este ecossistema tende a manter a sua estabilidade, em equilíbrio dinâmico com o meio ambiente (num processo de homeostasia, que procura manter o equilíbrio entre os recursos disponíveis e os necessários para maximizar a sua continuidade).
De acordo com Eugene Odum, conhecido como o “pai da ecologia moderna”, durante a sucessão ecológica, os ecossistemas desenvolvem-se de modo relativamente previsível ao longo do tempo e as próprias comunidades biológicas modificam o ambiente, até alcançarem um ecossistema estável, com um máximo de biomassa e em equilíbrio com o meio.
Assim, a este processo de mudanças estruturais e funcionais que ocorrem nas comunidades biológicas, alterando o seu próprio ambiente físico, até o ecossistema atingir o seu potencial máximo em equilíbrio dinâmico com o ambiente, dá-se o nome de sucessão ecológica.