As dinâmicas de uso do solo estão interligadas ao desenvolvimento das atividades socioeconómicas – agrícolas, silvícolas e de urbanização, por exemplo. Conhecer estas atividades e como se alteraram ao longo do tempo, em diferentes áreas do país, ajuda-nos a compreender as dinâmicas que “construíram” as paisagens que hoje conhecemos. Foi esse o objetivo do CEABN – Centro de Ecologia Aplicada “Prof. Baeta Neves” ao harmonizar a cartografia histórica num novo Mapa Agrícola e Florestal de Portugal Continental: conhecer a ocupação do solo entre 1951-1980 com critérios comparáveis aos que vigoram na atual Carta do Uso e Ocupação do Solo (COS).
Em Portugal destacam-se três séries cartográficas históricas de relevância na área agrícola e florestal: as Cartas Agrícolas e Florestais de Portugal (cujo levantamento começou em 1882), os Inventários Florestais Nacionais (iniciados em 1965/66), e as Cartas de Uso e Ocupação do Solo (com início em 1990-1995):