No decorrer destes últimos 18 anos, muitas competências em matéria florestal têm vindo a ser transferidas para a esfera municipal, pois os desafios são cada vez mais exigentes e de maior dimensão: além do fenómeno dos incêndios ruais, juntou-se o abandono do espaço rural, que é uma realidade incontornável, o aumento das espécies invasores, a falta de sustentabilidade económica da pouca população que ainda escolhe estes territórios para viver e a incógnita das alterações climáticas.
Apoio e defesa das populações, proprietários e território, salvaguardando as pessoas e os seus bens, assim como a flora, fauna e recursos hídricos são algumas das atividades em que baseia a atividade diária dos Gabinetes Técnicos Florestais, a exemplo do que acontece no Gabinete do Município de Gavião.
No caso concreto do Município de Gavião, o território carateriza-se pela diferenciação geográfica do restante Alentejo, pois ao estar na transição entre a Beira Baixa e o Ribatejo, este é um território muito heterogéneo, com uma densidade populacional muito reduzida – cerca de 3394 habitantes, para uma área de 29.459,5 hectares -, ocupado essencialmente por floresta, maioritariamente por sobreiro, eucalipto e matos, com proprietários “ausentes” e historicamente percorrido por incêndios rurais.