Queima porque não tem existido coragem política para assumir, de forma clara, que a Floresta tem de aumentar de forma significativa a sua produtividade e que isso só é possível através de uma clara intensificação dos níveis de gestão de que ela é alvo – gestão essa que tem obrigatoriamente de seguir os princípios de uma “gestão florestal sustentável”, tal como estão definidos pela Forest Europe – Conferência Interministerial permanente para a proteção das Florestas na Europa.
E não, a intensificação significativa dos níveis de gestão da Floresta que se deseja não significa o “abandono” do conjunto de valores ambientais que também se pretende que sejam alcançados. Pelo contrário, quanto mais intensificarmos a gestão das florestas plantadas que temos no nosso país, maioritariamente constituídas por povoamentos de pinheiro-bravo, por povoamentos de eucalipto e por povoamentos de sobreiros e azinheiras, mais significativo será o seu contributo para esse conjunto de valores naturais que nos habituámos a designar por “serviços dos ecossistemas”.