Estima-se que, com a floresta madura, em 2050, o “Plantar Água” traga uma recuperação de até 250 milhões de litros de água por ano, o que representa um ganho de cerca de 20% na quantidade de água que abastece os aquíferos locais. Além da devolução de água à natureza, este projeto recuperará a floresta mediterrânica e todos os seus importantes serviços e funções, melhorando o estado da biodiversidade e reduzindo o risco de incêndio. Atuará ainda no combate à erosão dos solos e aumentará a capacidade de absorção e armazenamento de carbono da atmosfera, contribuindo para a mitigação das alterações climáticas, a par com a recuperação de uma zona verde com um vasto potencial para o turismo e lazer.
Neste momento, já se procedeu à limpeza dos terrenos para plantação por parte de uma empresa especializada, seguindo uma lógica de respeito pela vegetação já existente, e à plantação de cerca de 35 mil plantas, sendo que as restantes serão plantadas até ao final de 2021. Um membro da equipa da ANP|WWF realiza monitorizações periódicas dos níveis e qualidade de água existente na ribeira da Foupana. Por fim, em maio, realizámos a quarta saída de campo para monitorização de pássaros na área do projeto, para aferir o impacte que esta plantação está a ter na biodiversidade. Todos estes resultados são compilados em relatórios de projeto que ajudarão a compreender, no final do mesmo, o cumprimento das nossas metas.
Também o projeto Green Heart of Cork (GHoC), que celebra 10 anos de existência em 2021, tem sido uma plataforma ativa de envolvimento das empresas na promoção da gestão florestal sustentável. A base do GHoC é a compensação de proprietários com boas práticas agroflorestais, que investem em gestão florestal certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC©), e que contribuem para a melhoria dos serviços fundamentais que os ecossistemas prestam a todos nós.
Podem aderir a este projeto entidades públicas ou privadas, sendo que o mesmo já contou com o apoio de empresas como a Coca-Cola, Unilever, The Body Shop, Grupo Onyria, Jerónimo Martins e Botanica by Air Wick. Ao participarem, estas entidades contribuem não só para a conservação da água e da biodiversidade dos ecossistemas associados, como para a viabilidade e sustentabilidade económica da sua atividade, promovendo ainda a sua imagem pública como resultado da sua responsabilidade social e ambiental e da criação de valor partilhado.