A criptoméria é a mais importante espécie da floresta dos Açores em termos socioeconómicos, plantada e colhida pela sua madeira macia e consistente, com grande valor e beleza. As matas de criptoméria estendem-se por cerca de 12,5 mil hectares, em povoamentos puros e mistos. Dois terços estão sob gestão do Governo Regional, indica a DRRF dos Açores.
Introduzido há mais de 150 anos como espécie ornamental, o incenso é hoje classificado como espécie invasora, cuja propagação resulta da sua elevada regeneração natural. Embora seja utilizada para lenha e substrato da cultura do ananás, tem vindo a ocupar extensas áreas de vegetação natural.
O incenso ocupa cerca de 50% da área florestal do Corvo e do Pico, sendo menos representativo na Terceira e em São Miguel, onde ocupa cerca de 15% da floresta. A criptoméria tem maior representatividade em São Miguel, com cerca de 35% da área florestal, e depois na Terceira e no Faial, onde representa, respetivamente cerca de 20% e de 15% da floresta.
Ainda assim, é possível encontrar algumas espécies da floresta Laurissilva nos Açores: é o caso da faia-das-ilhas ou samouco (Myrica faya), que representa mais de 10% da área florestal São Jorge e cerca de 5% da floresta do Pico, ou do vinhático (Persea indica), que ocupa mais de 10% da floresta da Graciosa.
A floresta Laurissilva é, aliás, um património comum na floresta das regiões autónomas, ainda que a sua presença seja menor nos Açores do que na Madeira.