O teixo é conhecido desde a antiguidade, não só pelas características da sua madeira, mas pela sua toxicidade. Apenas o invólucro vermelho e carnudo da semente é comestível. A casca, ramos, folhas e sementes podem ser mortais, o que levou ao abate de teixos em muitos locais e a diversos mitos nas culturas antigas. Mas no que uns viram uma ameaça, outros encontraram uma solução: a toxicidade do teixo deve-se aos alcaloides que produz e que ganharam importância em medicamentos para o tratamento do cancro.
O teixo, em latim Taxus baccata L., pertence à família das taxáceas (Taxaceae), ordem Pinales. Pertencem a esta ordem espécies como pinheiros (Pinus spp.), cedros (Cedrus spp.), abetos (Abies spp.), ciprestes (Cupressus spp.) e araucárias (Araucaria spp.), árvores coníferas que produzem cones ou pinhas para se reproduzirem. Ao contrário destas espécies, o teixo produz sementes isoladas que se encontram envolvidas por um falso fruto carnudo, o arilo, vistoso e muito apreciado por pássaros e outros animais.
Árvore pequena ou arbusto, de folha persistente e copa cónica e larga, é uma espécie de crescimento lento que pode elevar-se até aos 25 metros, embora raramente chegue a esta altura. De grande longevidade, o teixo pode ultrapassar os dois mil anos de idade e há mesmo relatos de alguns que chegaram aos cinco mil anos. Contudo, à medida que cresce, o tronco do teixo alarga e fica oco, o que dificulta a datação correta.