Pragas e Doenças
São poucas as pragas do sabugueiro (Sambucus nigra) e não se conhecem doenças que prejudiquem o seu desenvolvimento. Embora seja pouco vulnerável a pragas, o sabugueiro pode ser atacado por aranhiços (ácaros) e afídios (piolhos-das-plantas ou pulgões).
Estão identificadas cerca de 19 espécies de insetos fitófagos (que se alimentam de partes de plantas) associadas ao sabugueiro. Entre eles estão, por exemplo, as larvas das traças de Euproctis chrysorrhoea, de Choristoneura hebenstreitella ou de Phlyctaenia coronata, que se alimentam das folhas e podem causar desfolhas.
Em Portugal, as principais pragas do sabugueiro, tendo em conta os danos registados, estão associadas aos afídeos e ao aranhiço vermelho.
Entre os afídios causadores de pragas do sabugueiro refira-se o piolho negro do sabugueiro (Aphis sambuci), que é uma praga exclusiva desta cultura. Aparece com frequência, mas normalmente não tem consequências graves. Surge no início da primavera e prefere folhas e ramos mais jovens, pelo que o piolho pode ser observado em finais de fevereiro, princípios de março, destruindo os gomos, o que pode comprometer a produção desse ano e as varas que permitem a plantação no ano seguinte.
O piolho negro do sabugueiro costuma ser combatido pela ação dos seus inimigos naturais (predadores e parasitoides) sendo os mais célebres as “joaninhas”. Neste sentido, desde que estes predadores naturais estejam presentes e a floração do sabugueiro não esteja em risco, não há necessidade de realizar tratamentos. Na ausência destes predadores, podem ter de se aplicar inseticidas.
O aranhiço vermelho (Panonychus ulmi) é um ácaro que está mais presente em períodos quentes e secos. Normalmente, as suas populações estão em equilíbrio, não causando danos, mas quando existe um desequilíbrio (consequência do abuso de alguns inseticidas e/ou fungicidas, temperaturas muito altas, stress hídrico ou azoto em excesso), as populações deste aranhiço proliferam, deixando as folhas amarelas das suas picadas. O tratamento pode iniciar-se com a largada de auxiliares (outros ácaros predadores) que levam ao reequilíbrio das populações de aranhiço vermelho.
À esquerda Aphis sambuci e à direita Panonychus ulmi
Caso de Estudo
Espécie nativa, que cresce espontaneamente no nosso país, o sabugueiro tem sido pouco estudado e valorizado em Portugal. Aprofundar o conhecimento sobre a cultura, flor e baga de sabugueiro, e o seu potencial em novos produtos alimentares, foram alguns dos objetivos do Grupo Operacional Sambucus Valor. Conheça o trabalho desenvolvido, com o apoio de Sílvia M. Rocha e Bruno Cardoso.
Produtos Silvestres
É uma das várias flores silvestres comestíveis em Portugal e o seu sabor pode ser apreciado em inúmeras bebidas refrescantes, mas também em petiscos e doces. Falamos da flor de sabugueiro que, na primavera, “salpica” de branco sebes, florestas e campos de cultivo, em especial no norte do país.
Espécies Florestais
O sabugueiro é uma espécie nativa que cresce espontaneamente no nosso país. É considerada uma planta medicinal e é cultivada em Portugal e pela Europa sobretudo pelas suas bagas. Fique a conhecer mais sobre a espécie neste artigo em colaboração com Bruno Cardoso.