O protótipo nipónico, conhecido como NCV – Nano Cellulose Vehicle (veículo de nanocelulose), reúne mais de 20 parceiros da investigação académica e da indústria, assim como o Governo japonês. Juntos, querem provar que é possível usar nanofibras florestais para desenvolver veículos mais amigos do ambiente, em que os recursos naturais podem substituir materiais de origem fóssil.
O carro de nanocelulose tem várias peças que integram diferentes percentagens de nanofibras de celulose e algumas 100% feitas deste material biológico, renovável e biodegradável, como é o caso do capô, explica o consórcio liderado pela Universidade de Quito. Estas fibras são mais leves, duradouras e cinco vezes mais fortes do que o aço. Em paralelo, como as nanopartículas são mais pequenas do que o comprimento de onda crítico da luz visível, permitem ainda produzir peças transparentes.
De recordar que a celulose é o polímero natural mais abundante no planeta – um componente estrutural das plantas e um dos principais constituintes da madeira. As nanofibras de celulose são, como o nome indica, partículas de dimensões minúsculas – inferiores a 100 nanómetros – cerca de 10 mil vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo.