Mas o valor da bolota pode ir além das aplicações alimentares e a Landratech está também envolvida em projetos de I&D dirigidos à respetiva diversificação, incluindo a valorização dos compostos de valor acrescentado presentes neste fruto.
Os taninos vegetais são um exemplo e têm interesse para várias indústrias, incluindo, entre outras:
– Vinícola – na retificação de vinhos;
– Cosmética ou farmacêutica – são importantes na síntese química;
– Curtimento de peles – em substituição de compostos tóxicos;
– Têxtil – como parte do processo de pigmentação (mordente) ou na criação de têxteis funcionais que beneficiem das propriedades antimicrobianas ou antioxidantes extraídas da bolota.
“Nesta última vertente, estamos a trabalhar, em proximidade com uma empresa, no desenvolvimento de soluções para têxteis técnicos – propriedades microbianas e retardantes do fogo, por exemplo – com base na investigação que temos feito”, explica Pedro Babo.
A própria casca da bolota tem interesse para a produção de colas e aglomerados de madeira e, no fim de vida, pode enriquecer os solos ou seguir para produção de energia.