Em 2023, os produtos industriais de origem florestal continuaram a garantir a Portugal um expressivo excedente no comércio internacional da floresta, embora com menos folga do que no ano anterior.
O comércio internacional da floresta saldou-se por um excedente de 2,9 mil milhões, face a perto de 3,3 mil milhões de euros em 2022, de acordo com os dados preliminares do comércio externo do sector, patentes nas Contas Económicas da Silvicultura, publicadas pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, em final de junho de 2024. Apesar do decréscimo relativamente ao ano anterior, o saldo da balança comercial do sector foi o segundo maior dos últimos cinco anos.
No detalhe desta balança, importações e exportações exibem dinâmicas diferentes. De forma geral, Portugal é “deficitário em materiais de origem florestal”, refere o INE. Na importação de materiais, a madeira em bruto e a cortiça natural são os que mais pesam, com 313,4 milhões de euros e 226,5 milhões de euros, respetivamente, de compras ao exterior, que correspondem a 3,16 milhões de toneladas de madeira em bruto e 94,6 mil toneladas de cortiça natural.