Desde a condução de manchas de regeneração natural de pinheiro-bravo que garantam o futuro da atividade, a gestão de combustíveis em zonas estratégicas para evitar a entrada e progressão de grandes incêndios, quer com operações motomanuais, quer com execução de fogo controlado em pinhais adultos, até ações de vigilância, primeira intervenção e rescaldo em incêndios, estas sete pessoas têm sido incansáveis na dedicação à gestão destas áreas.
Desde que se iniciou a atividade neste local, já foram várias as situações em que os próprios resineiros atuaram para evitar males maiores, quer através de uma rápida primeira intervenção, evitando que pequenas ocorrências de incêndio ganhassem dimensão, quer por ações de rescaldo, prevenindo que os reacendimentos originassem reativações incontroláveis e com danos muito superiores.
Recentemente, no verão de 2022, esta foi uma situação bem evidente: conseguiu-se travar um grande incêndio dentro de um pinhal resinado, numa zona previamente tratada com fogo controlado, o que se traduziu numa oportunidade de combate com meios manuais e mecânicos concluída com sucesso e, adicionalmente, vários reacendimentos foram debelados à nascença pela mão destas pessoas, que prontamente atuaram nas diferentes situações.
Para culminar toda esta dinâmica positiva, associada à resinagem e à manutenção de presença humana nestes territórios, a resina de pinheiro-bravo apresenta-se atualmente como um ativo natural com valorização crescente. Através das diretrizes europeias para a sustentabilidade e a descarbonização, ganha ainda uma nova dimensão de interesse estratégico, pois é uma matéria-prima que se apresenta como alternativa sustentável ao uso de derivados do petróleo.
Acresce ainda que a atual produção nacional de resina natural apenas abastece a nossa indústria de primeira transformação em cerca de 10%, pelo que as garantias futuras de escoamento desta matéria estão asseguradas.
Face a este enquadramento, a Raízes In integrou o consórcio recentemente criado no âmbito da componente 12 do PRR – Bioeconomia Sustentável, uma iniciativa liderada pelo ForestWise, e que, entre variadíssimos objetivos definidos para 2025, vai procurar criar metodologias de extração mais eficientes, pelo incremento de produção, não só em quantidade, mas também na qualidade do produto final.