O melhoramento genético de castanheiro iniciou-se no INIAV em 2006, com o objetivo de compreender e melhorar a resistência do castanheiro à doença da tinta, uma das principais ameaças dos soutos portugueses, responsável por uma produtividade baixa, cerca de metade do seu potencial.
Nasceu de uma necessidade de criar uma descendência de castanheiros com pais conhecidos, obtidos de cruzamentos controlados entre duas espécies: uma sensível, o nosso castanheiro europeu – Castanea sativa, e outra resistente, o castanheiro japonês – Castanea crenata. Esta descendência é segregante em relação à doença, isto é, possui uma gradação de indivíduos que variam entre resistentes como o pai e sensíveis como a mãe.
A partir de uma descendência com estas características, é possível localizar os genes que conferem a resistência ao castanheiro japonês, através de técnicas de mapeamento genético e transcriptómica. Este conhecimento é fulcral para melhorar a resistência do castanheiro europeu, de uma forma mais dirigida.