Fogo técnico pode ajudar à prevenção e defesa da floresta
O uso do fogo para eliminação de sobrantes agrícolas e florestais, assim como para renovação de pastagens, é uma prática ancestral pelo que, não deve ser esquecida. Este método, sendo bem planeado e executado, poderá ser uma solução para a gestão de grandes áreas, sendo um processo rápido, com baixos custos, comparativamente a outras técnicas utilizadas, e com efeitos imediatos. Além de reduzir a biomassa, ajuda a enriquecer o solo com nutrientes e, consequentemente, melhora as condições para a fauna e flora existentes.
Nos últimos anos tem havido um grande incremento na credenciação de Operacionais de Queima e Técnicos de Fogo Controlado, por forma a contribuir para uma gestão florestal cuidada, com conhecimentos técnicos e, assim, apoiar o melhoramento dos povoamentos, mas maioritariamente a defesa da floresta contra incêndios.
Outra das ações executadas por estes técnicos é o acompanhamento e o apoio a queimadas, que representam um elevado número de causas de incêndios, bem como, de acidentes com os seus autores. A sua intervenção representa uma diminuição do risco.
Num ano que se antevê ser complexo relativamente a incêndios florestais, seja pela meteorologia, seja pelo aumento da biomassa florestal, é urgente criar áreas “tampão” que permitam utilizar uma estratégia de defesa da floresta e das populações. As áreas tratadas com fogo durante o inverno não serão afetadas pelos incêndios de verão, por falta de combustível, contribuindo, assim, para um melhor planeamento das manobras de supressão.
A floresta portuguesa necessita ser protegida: é uma das nossas maiores riquezas. É urgente olhar para a floresta no sentido de explorar o seu potencial, seja ao nível da produção, proteção ou conservação. É imprescindível envolver as populações para que se sintam parte da solução pois a floresta é de todos nós!