Indissociáveis dos cursos de água, as florestas ribeirinhas possuem uma identidade única e uma dinâmica muito própria de proximidade com os ecossistemas dos meios aquático e terrestre.
Em Portugal, várias espécies de árvores e arbustos estão associadas à identidade das florestas ribeirinhas. Amieiros (Alnus glutinosa), salgueiros (Salix spp.), ulmeiros (Ulmus spp.), bidoeiros (Betula pubescens), sanguinhos-de-água (Frangula alnus), freixos (Fraxinus angustifolia), loendros (Nerium oleander) e tamujos (Flueggea tinctoria) são alguns exemplos, mas as florestas que envolvem os cursos de água não se esgotam na sua variedade de árvores.
Um grande cortejo de plantas herbáceas ocupa os solos húmidos ou ensombrados das margens dos rios. Entre elas, destacam-se espécies aromáticas, medicinais e condimentares, incluindo a hortelã-de-água (Mentha aquatica), o poejo (Mentha pulegium), a erva-saboeira (Saponaria officinalis), bem como as plantas ditas anfíbias, desde o lírio-amarelo (Iris pseudacorus), ao bunho (Scirpoides lacustris), passando por juncos (Juncus spp.), junças (Cyperus spp.) e tabuas (Typha spp.). Junta-se ainda um grande número de plantas melíferas, como as urzes (Erica spp.) e espécies antecessoras de plantas cultivadas como a videira-silvestre (Vitis vinifera subsp. sylvestris).