Classificação FAO/IUSS | Como são estes solos? | Onde os encontramos? |
Arenosols
(do latim arena – areia)
O equivalente a Regossolos psamíticos na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | Solos pouco desenvolvidos e que têm normalmente origem em sedimentos arenosos antigos não consolidados. Têm textura grosseira, pouca capacidade de retenção de água, são pobres em matéria orgânica e pouco férteis. | Encontram-se principalmente no Vale do Tejo e do Sado, em Colares (perto de Sintra) e nas faixas costeiras entre a Figueira da Foz e Espinho. |
Cambisols
(do latim tardio cambiare – mudar)
O equivalente a Solos Calcários e Solos Litólicos na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | Solos pouco desenvolvidos, com tempo de formação incipiente ou por rejuvenescimento/alteração do material do solo. A sua textura é normalmente franco-arenosa ou mais fina. O seu horizonte tem alterações face ao material originário (horizonte câmbico) e pode apresentar um horizonte A rico em matéria orgânica. | Encontram-se um pouco por todo o país, mas são mais frequentes na região do Alto Douro e Beira Alta e em parte da Estremadura e Alto Alentejo.
Este é o tipo de solo que cobre mais área territorial em Portugal. |
Fluvisols
(do latim fluvius – rio)
O equivalente a Aluviossolos e Coluviossolos na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | Comuns em áreas que são frequentemente alagadas, desenvolveram-se a partir de sedimentos aluvionares, ou seja, material transportado pela água e depositado nas margens, deltas e vales dos rios. | Formam as lezírias do Tejo e do Mondego. |
Leptosols
(do grego leptos – fino, delgado)
O equivalente a Litossolos, Solos litólicos, Solos calcários e Solos Orgânicos Hidromórficos na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | Solos delgados que assentam diretamente sobre rocha-mãe. Normalmente, não têm estrutura, são esqueléticos, pouco profundos e têm baixo teor de matéria orgânica. São vulgares nas zonas montanhosas ou em áreas onde a erosão deixou as rochas expostas. | Estes são os solos de grande parte de Trás-os-Montes, Beira Baixa, Baixo Alentejo e Serra Algarvia. |
Luvisols
(do latim luere – lavar)
O equivalente a Solos Argiluviados Pouco Insaturados na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | O horizonte subsuperficial é mais enriquecido em argila do que o horizonte A, característica conhecida por gradiente textural. São normalmente solos férteis, com estrutura desenvolvida. | Encontram-se em grande parte do Alentejo, Beira Litoral e Algarve. |
Podzols
(do russo pod – debaixo e zola – cinza)
O equivalente a Solos Podzolizados na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | Solos evoluídos onde houve a migração/lavagem dos compostos orgânicos do horizonte superficial apresentando um horizonte B espódico. Isto significa que o horizonte B - subsuperficial - é mais escuro com acumulação de substâncias ricas em alumínio e matéria orgânica, com ou sem ferro. Têm textura grosseira, são ácidos e pouco férteis, mas facilmente mobilizáveis e podem tornar-se produtivos quando fertilizados. | Existem nas regiões de Leiria, Caldas da Rainha, Ribatejo e orla costeira alentejana. |
Solonchaks
(do russo sol – sal e chak– área salgada)
O equivalente a Solos Salinos na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | Solos com elevada salinidade. | Podem ser encontrados na ria Formosa e nos estuários do Tejo, Guadiana, Sado, Mondego e Vouga. |
Vertisols
(do latim vertere – virar)
O equivalente a Barros na Classificação SROA/CNROA/ IEADR | Solos argilosos que apresentam, por isso, fenómenos de contração-expansão e abrem fendas nas épocas secas, fenómeno designado de “fendilhamentos”. São normalmente escuros, mas não são ricos em matéria orgânica. Formam-se de rocha-mãe rica em cálcio e magnésio. São solos difíceis de cultivar, porque são adesivos e plásticos quando húmidos e muito duros quando secos. São por isso mais suscetíveis à degradação física e erosão, pelo que têm de ser geridos com práticas que conduzam à sua conservação. | Os designados Barros na classificação portuguesa estão presentes em Beja (os barros de Beja), região de Lisboa e Açores. |
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