Mais alta e frondosa do que todas as que a rodeiam, a Ceratonia siliqua L. da Quinta da Parra é uma das mais antigas da sua espécie em Portugal e destaca-se das suas companheiras, tanto das velhas alfarrobeiras como das jovens laranjeiras, pela espessura do seu tronco, pelo diâmetro da sua copa e pelos muitos quilogramas de alfarrobas com que continua a brindar José Martins Dias, o proprietário desta velha alfarrobeira da Quinta da Parra, em Moncarapacho – Olhão.
Com mais de 600 anos de idade, é uma “Árvore de Interesse Público”, estatuto que lhe foi conferido pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (Ref.ª KNJ1/392), pelo valor histórico e paisagístico deste “extraordinário exemplar de alfarrobeira secular, com um fuste de grande dimensão…”.
A árvore situa-se no centro de um pomar de citrinos e segundo conta Susana Neves no seu livro “Histórias que Fugiram das Árvores”, em tempos, José Martins Dias foi aconselhado a abater as suas alfarrobeiras e a substituí-las por laranjeiras. Em boa hora decidiu que nada justificava cortar estas árvores centenárias, que passaram então a conviver com as jovens laranjeiras.
No entanto, nenhuma delas se compara a este gigante secular, com o seu tronco de mais de 13 metros de perímetro à altura do peito e a sua copa com mais de 17 metros de diâmetro.