A estes benefícios somam-se os psicológicos, igualmente reconhecidos pelas autoridades de saúde de vários países, que têm vindo a incluir nos seus cuidados preventivos e terapêuticos os banhos de floresta.
O Japão foi pioneiro, até porque esta é uma estratégia chave para combater o Karoshi (morte causada pelo excesso de trabalho), responsável pelo desaparecimento de muitos nipónicos. As questões laborais sobre o Karoshi contribuíram para mais de 2000 suicídios no Japão, em 2015, de acordo com dados citados no primeiro White Paper do governo japonês. Outros países se seguiram, a exemplo da Escócia, onde as “Prescrições de Natureza” são já uma realidade.
Estudiosos sem relação com o movimento shinrin yoku também apontam a natureza e a floresta como formas de equilíbrio. É o caso do jornalista e escritor norte-americano Richard Louv, que fala de conceitos como o “transtorno de défice de natureza” e a “vitamina N” (N de natureza) para relacionar várias desordens diagnosticadas às crianças e jovens urbanos imersos em tecnologias, desde o défice de atenção à obesidade, com a falta de contacto com a natureza.
Estas abordagens levaram à constituição da organização não-governamental Children and Nature Network e têm contribuído para alertar pediatras, professores, educadores e arquitetos para novas formas de ajudar a prevenir e tratar algumas doenças infantis cada vez mais prevalentes nos chamados países desenvolvidos.