Além de fascinantes pela sua dimensão, as gigantes da floresta destacam-se também como importante abrigo de biodiversidade, tanto pelo seu porte como pela sua respeitável idade. Para atingirem estas dimensões, é preciso tempo e ao longo da sua vida – que se pode prolongar por vários séculos -, estas “grandes e velhas” árvores vão dar origem a uma vasta diversidade de habitats, comparativamente aos proporcionados por árvores mais jovens e de menor tamanho.
“Importantes componentes das comunidades florestais, incluindo mamíferos, aves, artrópodes e epífitas, aumentam com frequência a sua abundância e diversidade em fases avançadas do desenvolvimento dos povoamentos, pois requerem estruturas ou substratos que emergem devagar, à medida que as árvores crescem”. É esta a nota que introduz o trabalho de um grupo de investigadores que passou 30 meses a estudar e a monitorizar um hectare de floresta rico em sequoias gigantes no Prairie Creek Redwoods State Park, na Califórnia, Estados Unidos, com o objetivo de documentar detalhadamente as estruturas das árvores ali existentes e os habitats que proporcionam.