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Biodiversidade

IPBES: o que é e o que nos diz sobre perda de biodiversidade?

O IPBES é um órgão intergovernamental independente, estabelecido em 2012, com o objetivo de fortalecer as bases de conhecimento através da ciência, e com a missão de melhorar as políticas de conservação e uso sustentável da biodiversidade, bem-estar humano a longo prazo e desenvolvimento sustentável.

A sigla IPBES significa Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services, ou em Português: Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas.

Além do conhecimento, comunicação e divulgação e suporte de políticas, o IPBES produz avaliações sobre temas específicos, de que é exemplo a avaliação temática “Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos”, de 2016, e avaliações regionais e globais, como o “Relatório de Avaliação Global sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas”.

Este último relatório, divulgado pela IPBES em 2019, é o diagnóstico mais completo sobre a nossa relação com a biodiversidade e avaliou as alterações decorridas na natureza ao longo dos últimos 50 anos. Elaborado com o contributo de 145 cientistas de 51 países, com base em 15 mil artigos científicos e dados de comunidades locais, o documento revela os impactes da economia na natureza e traça cenários sobre como será o planeta nas próximas décadas.

Entre as principais mensagens-chave identificadas neste relatório IPBES de 2019, salienta-se que:

• A contribuição da natureza para a humanidade – ou seja, a biodiversidade e os serviços do ecossistema – está a deteriorar-se a nível global a uma velocidade nunca registada.
• Os agentes das mudanças nos ecossistemas (alterações de uso do solo, exploração direta dos organismos, alterações climáticas, poluição e espécies invasoras) têm vindo a acelerar o seu efeito nos últimos 50 anos.
• Os objetivos de conservação, uso sustentável da natureza e sustentabilidade global não poderão ser alcançados com as ações atuais. Os objetivos estabelecidos para 2039 e além, só serão atingidos através de mudanças profundas a nível económico, social, político e tecnológico.
• É possível conservar, restaurar e usar a natureza de forma sustentável e, em simultâneo, dar resposta a outras necessidades da sociedade (alimento, água doce, energia, saúde e bem-estar), através de esforços urgentes e concertados de mudanças.

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