Floresta Portuguesa
Existem diferentes variedades de aveleira e a sua classificação está relacionada com a utilização final pretendida para a avelã.
Neste sentido, identificam-se habitualmente três classes de variedades:
1. Variedades de aveleira de mesa, em que a avelã é maior, ou seja, mais valorizada para consumo natural;
2. Variedades para indústria, em que o miolo é mais pequeno e destinado à transformação;
3. Variedades de dupla aptidão, que podem servir os dois propósitos anteriores.
Em Portugal, embora sejam plantadas variedades autóctones, grande parte não identificadas, os pomares instalados tendem a usar variedades de aveleira estrangeiras. Algumas das variedades produtoras predominantes nos pomares nacionais são a francesa Fertile de Coutard, a portuguesa Grada de Viseu, a espanhola Negreta e a italiana Tonda de Giffoni, sendo usadas como polinizadoras as variedades Gunslebert, Merveille e Daviana (de origem alemã, francesa e inglesa, respetivamente). Em novos pomares, com sistemas de rega e técnicas de cultivo especializadas que permitem rendimentos mais elevados, as variedades de mesa Butler e Ennis são também utilizadas.
Refira-se que a aveleira é uma espécie em que o pólen de uma dada árvore não permite fertilizá-la a ela mesma (espécie autoincompatível) e que as árvores de uma mesma variedade também são incompatíveis entre si. Neste sentido, a escolha das variedades de aveleira é importante no planeamento dos pomares e irá interferir diretamente com a sua produtividade. A aveleira inicia a produção de frutos a partir dos quatro anos de idade, dando regularmente avelãs após os oito.
Variedades de aveleira nacionais | Características |
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Variedades de mesa | |
Espelho | Bem-adaptada à região de Marvão. Exigente em água. Produz frutos e miolos grandes, mas tem uma percentagem elevada de frutos ocos e baixo rendimento de descasque. |
Grada de Viseu | Bem-adaptada às regiões Norte e Centro do país. Sensível ao ácaro dos gomos (Phytoptus avellanae). Variedade rústica e produtiva, permite avelãs de tamanho médio e rendimento de descasque médio, embora com percentagem significativa de frutos ocos. |
Mollari | Variedade da zona de Entre Douro e Minho, de expressão reduzida. Resistente a pragas e doenças. Produtividade média, baixa percentagem de frutos ocos e rendimento de descasque muito elevado. |
Variedades de dupla aptidão | |
Da Veiga | Variedade bem-adaptada à zona de Entre Douro e Minho, mas de expressão reduzida. Pouco sensível a pragas e doenças. Produtividade média, dada a alta percentagem de frutos ocos e o baixo rendimento de descasque |
Variedades para indústria | |
Comum | Variedade bem-adaptada às regiões de Vila Real, Viseu e Felgueiras. Rústica e resistente a pragas e doenças. Produtividade média, dada a alta percentagem de frutos ocos e o rendimento de descasque médio. |
Espécies Florestais
Venerada desde tempos antigos pelos seus frutos, que são na verdade sementes comestíveis, a aveleira pode ser encontrada um pouco por toda a Europa e Ásia Menor, em áreas de produção e de lazer. Apesar de ser uma árvore comum para os portugueses, a aveleira tem várias características que a tornam singular. Conheça-as neste artigo em colaboração com Ana Paula Silva.
Frutos
Integrada na alimentação humana desde tempos pré-históricos, a avelã continua a ser valorizada para consumo doméstico e para transformação industrial, em especial na chocolataria. Apesar do seu potencial ser reconhecido, a área dedicada a esta cultura, em Portugal, é muito limitada e a produção de avelã pouco significativa.
Produtos Silvestres
Com uma tradição de milhares de anos, é comum vê-la na mesa por altura do Natal e do Ano Novo. Falamos da avelã, um fruto oleaginoso de outono que, desde a Idade da Pedra, tem vindo a afirmar os seus benefícios na culinária e na saúde. Saiba mais sobre as propriedades desta semente comestível e delicie-se com o sabor da avelã ao natural ou em receitas para saborear todo o ano.