O valor do uso recreativo da floresta não é fácil de quantificar, porque não há mercado para a venda e compra da sensação de tranquilidade e evasão que a floresta nos proporciona. No entanto, vários estudos científicos têm recorrido a diferentes metodologias para estimar o valor que a floresta tem para os cidadãos enquanto espaço de recreio e turismo, e de usufruto da paisagem e do ar livre.
Na União Europeia, o mais recente valor adiantado para o uso recreativo das florestas e áreas florestais é de 30,7 mil milhões de euros, de acordo com o relatório “Accounting for ecosystems and their services in the European Union”. A publicação é de abril de 2021, mas o cálculo refere-se a 2012 e foi feito tendo por base as “visitas diárias a áreas localizadas a uma distância máxima de quatro quilómetros das zonas residenciais e locais de elevada qualidade natural”.
Um estudo anterior da Comissão Europeia estimou valores entre 52 e 90 mil milhões de euros (dados relativos a 2006), mas neste caso a base da estimativa são os gastos feitos pelos turistas (entradas em áreas naturais, aluguer de equipamento, acomodação e alimentação) em zonas abrangidas pela rede Natura 2000.