Há matérias-primas florestais nacionais que chegam além-fronteiras, tal como os produtos que a indústria portuguesa com elas fabrica. Mesmo num ano atípico como 2020, com fortes entraves ao consumo e à circulação transfronteiriça, mais de 6,1 milhões de toneladas destes materiais e produtos “made in Portugal” foram exportados, rendendo mais de 4,6 mil milhões de euros, um valor que contribuiu para manter em terreno positivo a balança comercial do sector florestal.
Mas o comércio internacional do sector não passou incólume aos efeitos da pandemia. O valor das exportações decresceu de 5,1 para 4,6 mil milhões de euros em 2020, enquanto o das importações recuou de mais de 2,5 para 2,3 mil milhões de euros. Os dados são do INE – Instituto Nacional de Estatística e estão disponíveis nas Contas Económicas da Silvicultura, de junho de 2021.
Contas feitas, o saldo da balança comercial do sector florestal cifrou-se em 2,3 mil milhões de euros. Embora inferior aos mais de 2,5 mil milhões de euros registados consecutivamente nos anos anteriores (quase 2,6 em 2019), o excedente conseguido dá provas da resiliência das transações externas provenientes da floresta.