Cada vez mais reconhecidos pela sua aplicação em áreas que vão da cosmética à alimentação, os óleos essenciais são, muitas vezes, confundidos com óleos vegetais, apesar de diferirem na forma como são isolados, na sua composição e aplicações. Apesar destas diferenças, não é invulgar encontrá-los juntos em alguns preparados comerciais, medicinais ou industriais. Mas o que é então um óleo essencial e o que o distingue?
Um óleo essencial é um tipo particular de extrato derivado de recursos vegetais – partes de plantas –, cuja obtenção está padronizada internacionalmente (Council of Europe 2010; ISO 9235:2021), e que resulta em exclusivo de um de dois processos de extração:
1. Destilação de parte de uma planta. Este processo é o mais comum e pode ser feito recorrendo a três procedimentos diferentes: arrastamento de vapor, hidrodestilação, ou destilação a seco.
2. Picotagem a frio. Este é um processo mecânico, também designado como “expressão”, que se aplica apenas para obtenção de óleo essencial proveniente do epicarpo (a parte exterior ou casca) dos citrinos, como o limão ou laranja.
Assim, de acordo com estas condições particulares de extração, apenas o epicarpo dos citrinos nos pode fornecer dois tipos de óleo essencial, o obtido por destilação, ou o obtido por expressão. E embora provenham ambos da mesma fonte, diferem substancialmente no seu aroma, na sua composição e nas suas propriedades.