Rendimento em pinhão é influenciado pela resinagem? Mais dados são necessários
Outra das hipóteses estudadas foi se a resinagem do pinheiro-manso afetaria o rendimento em termos de miolo de pinhão. Para o efeito analisou-se a produção das árvores resinadas e não resinadas considerando o rendimento em pinhão branco relativamente ao peso das respetivas pinhas verdes.
Curiosamente, as árvores resinadas apresentam maior rendimento do que as não resinadas. No entanto, este resultado necessita de ser validado com mais dados, pois neste estudo não foi possível fazer a análise do rendimento das árvores resinadas antes de se iniciar a resinagem, de modo a conhecer as diferenças de rendimento de cada uma antes e depois. Assim, para aprofundar o efeito da resinagem no rendimento em miolo de pinhão (também chamado de pinhão branco), o estudo sugere a instalação de parcelas permanentes em povoamentos de pinheiro-manso, para que se possa fazer esta avaliação comparativa ao longo de vários anos.
Como uma pinha demora três anos a formar-se e este ensaio terminou na campanha de 2021/22, não foi possível recolher pinhão em quantidade suficiente para se realizarem testes de palatibilidade (paladar), pois esta campanha correspondeu a um ano de contrassafra, isto é, de baixa produção. Recorde-se que várias espécies, incluindo os pinheiro-mansos, intercalam anos de contrassafra com outros de maior produção de fruto – os anos de safra. Por isso, também nesta vertente são necessários estudos adicionais, que incluam análises sensoriais e estudos de palatibilidade para determinar se são identificadas diferenças de aspeto e sabor entre pinhões de árvores resinadas e não resinadas.