Aumentar o valor da floresta vai ao encontro dos princípios da bioeconomia circular, que combina os conceitos de circularidade de processos com a utilização de recursos renováveis, num ciclo mais fechado, reduzindo o desperdício e incentivando a durabilidade, reciclagem e reutilização. Em resumo: fazer mais com menos e de forma mais sustentável.
Fazer mais com menos implica uma transição do modelo linear tradicional em que vivemos desde a revolução industrial – baseado na ideia de “produzir-utilizar-deitar fora” – para uma economia circular, com o objetivo de “produzir, reutilizar, recuperar e reciclar”. Em paralelo, fazer de forma mais sustentável significa passar de uma economia baseada em recursos não renováveis de origem fóssil para uma economia assente em matérias-primas naturais, renováveis, geridas de forma economicamente viável, ambientalmente responsável e socialmente aceitável.
O conceito de bioeconomia circular permite aumentar o valor gerado pela floresta segundo o paradigma do desenvolvimento sustentável, no qual a prosperidade socioeconómica da espécie humana tem de “caber dentro dos limites do planeta”.
A bioeconomia circular aplicada à floresta envolve:
- as atividades que aproveitam e valorizam a biomassa e outros recursos e resíduos renováveis da floresta.
- as dinâmicas que contribuem para a preservação e equilíbrio dos ecossistemas e da sua biodiversidade.
- o reaproveitamento dos resíduos gerados durante os processos produtivos da indústria tradicional do sector agroflorestal e agroalimentar e das novas biorrefinarias.