O nome salgueiro refere-se ao género Salix, que inclui arbustos e árvores normalmente presentes nas margens de cursos de água (chamadas de galerias ripícolas) e nas zonas húmidas em geral. As diferentes espécies são conhecidas por vários nomes populares que, além de salgueiros, incluem vimeiros, borrazeiras ou seiceiros.
Várias espécies e variedades de cultivo (cultivares) de salgueiro foram, desde há muito, plantadas no nosso país para colher as suas ramagens flexíveis, que conhecemos por vime e que foram usadas tradicionalmente na criação de peças e utensílios artesanais. Mais recentemente, várias espécies de salgueiro têm sido valorizadas pelo seu papel ecológico, pois as suas raízes ajudam a fixar o solo – e a travar a erosão – junto aos cursos de água.
A existência de várias espécies e cultivares, assim como a facilidade com que as diferentes espécies de salgueiros se cruzam (criando híbridos) faz com que existam muitos arbustos e árvores do género Salix nem sempre fáceis de distinguir. Esta dispersão torna complexa a identificação, descrição e classificação (taxonomia) dos salgueiros e dificulta saber quais serão nativos de cada território.
De nome científico Salix, os salgueiros pertencem à família das salicáceas (Salicaceae), que é representada em Portugal continental por várias espécies, distribuídas por dois géneros, os salgueiros (Salix) e os choupos (Populus). Por serem ambos géneros com várias espécies introduzidas por cultivo – os salgueiros para aproveitamento do vime e os choupos pela sua madeira – não existem certezas sobre o caráter nativo de todas elas.