A tradição de fazer o presépio popularizou-se graças a São Francisco de Assis que, em 1223, para ilustrar a origem do Natal aos habitantes de uma pequena localidade italiana, criou na floresta uma encenação do nascimento de Jesus e diante dela realizou a missa.
A sua origem é, no entanto, anterior: já existia desde o séc. IV e a “Natividade era representada pela imagem do menino Jesus, deitado no chão, acompanhado pelas figuras do boi, do jumento e dos pastores”. A difusão desta recriação difundiu-se a partir do Séc. VIII, mas foi com São Francisco de Assis que ganhou mais importância. Com o passar do tempo, muitas dos presépios em Portugal passaram a incorporar os ambientes campestres que temos pelo país e o musgo tornou-se parte integrante da decoração da paisagem.
Embora continuem a fazer parte do imaginário das plantas de Natal, os musgos desempenham papéis importantes nos ecossistemas, o que desaconselha que sejam cortados (no presépio, podem ser substituídos por palhas, folhas ou raminhos). Entre os papéis que desempenham, salienta-se que fixam nutrientes, incluindo o azoto necessário à fertilidade das terras, retêm carbono, travam a erosão do solo e ajudam à sua preservação após o fogo, e conseguem colonizar ambientes adversos, criando condições mais favoráveis para o futuro crescimento de outras plantas.