Uma estrutura ecológica urbana bem dimensionada e gerida promove uma maior capacidade de resiliência das cidades ao minimizar os efeitos negativos da urbanização, da grande concentração de atividades humanas e das alterações climáticas. E os benefícios do arvoredo urbano são testemunhados a vários níveis, desde a saúde e bem-estar das populações à economia energética.
Estes benefícios estão diretamente relacionados com os serviços de ecossistema proporcionados pelas florestas urbanas, que têm impactes positivos:
- na purificação do ar, devido à filtração de poluentes, como o monóxido de carbono (CO), o dióxido de azoto (NO2), o ozono (O3), o dióxido de enxofre (SO2) e as partículas de gases inaláveis (PM10 e PM2,5);
- na redução das águas pluviais devido à interceção da água das chuvas pelas estruturas das árvores, o que permite atrasar ou reduzir em muitos casos os picos de cheia;
- no sequestro e armazenamento de carbono, que contribui para a mitigação das alterações climáticas; e
- na redução das chamadas “ilhas de calor urbano”, através da sombra fornecida pelas árvores e pela evapotranspiração (evaporação e transpiração) das suas copas que contribui para amenizar o aumento da temperatura. Além de benefícios para a saúde e bem-estar, este efeito pode permitir poupanças energéticas, principalmente nos meses mais quentes.