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Indicadores Florestais

Floresta espanhola cobre cerca de 36% do país, tal como em Portugal

Com uma extensão superior a 18 milhões de hectares, a floresta espanhola é o principal uso do solo, representando cerca de 36% do território. Quando se consideram todas as áreas florestadas, mais de metade do país tem uma ocupação de uso do solo florestal. Fique a conhecer mais sobre a floresta espanhola neste artigo escrito em colaboração com Rita Gameiro.

À semelhança do que acontece no nosso país, as áreas florestais são a principal ocupação do solo em Espanha. Com variações entre as várias comunidades autónomas – mais área florestada a norte e menos a sul –, a floresta espanhola é composta principalmente por dehesas (semelhantes ao nosso montado), azinhais (Quercus ilex) e pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis).

Para uma análise mais detalhada da floresta espanhola, há que recorrer aos dados dos Anuarios de Estadística Forestal (publicados desde 2005) ou ao Inventário Florestal Nacional.

A mais recente versão dos Anuarios de Estadística Forestal refere-se a 2019 e foi publicada em 2021. De acordo com este Anuario, Espanha conta com cerca de 27,9 milhões de hectares de superfície florestada, que correspondem a 55,3% da área do seu território. Esta superfície florestal divide-se em 18,4 milhões de hectares (36,3% do território) de superfície florestal arborizada (com mais de 10% de coberto arbóreo) e 9,5 milhões de hectares (18,7% do território) de outras áreas florestadas (com árvores dispersas e menos de 10% de coberto arbóreo).

As três principais formações representam 37% da floresta espanhola: as dehesas 14%, os azinhais 13% e os pinhais de pinheiro-de-alepo 10%. A propriedade florestal é 25% pública e 75% privada, incluindo cerca de 3% de “vecinales en mano comum” (propriedades comunitárias) e 13% de propriedade desconhecida.

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Dehesas, à semelhança dos montados nacionais (constituídos maioritariamente por sobreiro e azinheira), são formações criadas e mantidas pela atividade humana, sendo definidas pelo seu uso múltiplo. O seu estrato arbóreo é composto principalmente por azinheira (Quercus rotundifolia), sobreiro (Quercus suber), carvalho-cerquinho (Q. faginea), carvalho-negral (Q. pyrenaica), zambujeiro (Olea europaea subsp. sylvestris) ou freixos (Fraxinus spp.). Além das árvores, o sistema é composto por um estrato herbáceo, que é utilizado maioritariamente para pastagem de gado ou espécies cinegéticas.

Fazendo uma comparação com a floresta do nosso país, Portugal tem, de acordo com dados do sexto Inventário Florestal (IFN6), 36% do seu território (3,3 milhões de hectares) coberto por áreas florestais. As principais formações florestais são também os montados, que junto com sobreirais e azinhais totalizam cerca de 1 milhão de hectares ou um terço da floresta, seguindo-se os pinhais, sobretudo de pinheiro-bravo (Pinus pinaster), e pinheiro-manso (Pinus pinea), que perfazem perto de 1 milhão de hectares.

De acordo com os dados do Perfil Florestal português, de janeiro de 2021, só cerca de 3% da propriedade florestal portuguesa é pública. A restante divide-se em 6% de propriedade de comunidades locais – os baldios – e 91% de proprietários privados. Contudo, só cerca de 46% dos espaços florestais tem cadastro, estimando-se que mais de 20% do território tenha dono desconhecido.

Principais formações arbóreas presentes na floresta espanhola

Mil hectares% da área florestal
Formações de coníferas 6240,77 31,53
pinheiro-de-alepo, Pinus halepensis2064,8010,43
pinheiro-silvestre, Pinus sylvestris1030,925,21
pinheiro-bravo, Pinus pinaster 816,944,13
pinheiro-negral, Pinus nigra709,283,58
mistura de coníferas autóctones649,723,28
pinheiro-manso, Pinus pinea406,922,06
zimbros e sabinas, Juniperus spp. 372,981,88
outros pinheiros (Pinus uncinata, Pinus canariensis) e abetos (Abies alba, Abies pinsapo)189,210,96
Formações de folhosas 8387,1747,43
dehesas2765,2313,97
azinheira, Quercus ilex2606,6213,17
misturas de folhosas autóctones1194,986,04
carvalho-negral, Quercus pyrenaica833,134,21
outras folhosas506,332,56
faia, Fagus sylvatica395,412,00
carvalho-cerquinho, Quercus faginea321,441,62
sobreiro, Quercus suber269,381,36
bosques ripícolas250,181,26
carvalho-roble (Quercus robur) e Quercus petraea244,471,24
Misturas de coníferas e folhosas autóctones1139,135,75
Outras exóticas e misturas de autóctones e exóticas121,480,61
Povoamentos de produção:1452,757,34
eucaliptos (Eucalyptus spp.)619,923,13
pinheiro-de-monterey, Pinus radiata263,531,33
pinheiro-bravo (Pinus pinaster) na região atlântica242,061,22
misturas e outras espécies327,241,65

Nota: Espanha tem 14 operações de estatística florestal, cujos resultados são publicados nos Anuarios de Estadística Forestal: Inventário Florestal Nacional (IFN), Inventário Nacional de Erosão do Solo (INES), Inventário Nacional do Estado de Saúde dos Bosques (Redes de danos), Estatísticas de Incêndios Florestais, de projetos florestais/repovoamentos, de gestão florestal sustentável, de produção e comércio de material florestal de reprodução, de cortes de madeira, de outros aproveitamentos florestais, de caça, de pesca fluvial, sistema de comercialização de madeira (LIGNUM), balanço de madeira e as contas nacionais de silvicultura.

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Os dados disponíveis na edição de 2020 das Estatísticas da Agricultura, Silvicultura e Pescas, do Eurostat, apresentam uma visão geral sobre as áreas florestadas (floresta e outras arborizações) em Espanha: quase 28 milhões de hectares (cerca de 56% da área total do país), sendo o segundo país com maior área florestada da União Europeia (UE), a seguir à Suécia (30,3 milhões de hectares que representam 74% da área total do país).

Superfície florestal nas comunidades autónomas

Olhando para a distribuição da área florestada por comunidades autónomas patente no Anuario de Estadística Forestal 2019, as que se localizam mais a norte (como a Galiza, Astúrias ou Cantábria) têm percentagens mais elevadas do que as do sul.

Nota: Números relativos à superfície florestal da província, em mil hectares; Percentagem da superfície florestal na província.

A floresta espanhola e a sua evolução segundo o Inventario Forestal Nacional

Outra fonte de informação sobre a floresta espanhola é o Inventario Forestal Nacional: com mais de 50 anos de história, encontram-se atualmente disponíveis os resultados do Cuarto Inventario Forestal Nacional – IFN4, cujos dados remontam a 2009 e 2010.

Com um levantamento de dados relativo a cerca de 172 espécies arbóreas e 161 espécies arbustivas, o IFN4 revela que as espécies mais comuns nas parcelas de campo avaliadas foram, por ordem de frequência: pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris), pinheiro-bravo (Pinus pinaster), pinheiro-de-alepo (Pinus halepensis), azinheira (Quercus ilex), pinheiro-negral (Pinus nigra), faia (Fagus sylvatica), eucalipto (Eucalyptus globulus), carvalho-negral (Quercus pyrenaica), pinheiro-de-monterey (Pinus radiata), carvalho-roble (Quercus robur), pinheiro-manso (Pinus pinea) e castanheiro (Castanea sativa).

Segundo o IFN4, as zonas mais montanhosas, mais húmidas, apresentam uma maior riqueza e número de espécies florestais. Pelo contrário, as zonas com uma maior influência do clima mediterrânico seco são mais ricas em espécies arbustivas.

O país vizinho tem 5,5 vezes a área de Portugal (cerca de 506 mil km2) e é influenciado pelo Atlântico, o Mediterrâneo e por extensas formações montanhosas, o que faz com que as suas províncias apresentem características e clima variáveis. Isto justifica que as espécies mais abundantes variem em cada região.

A norte, o clima Atlântico traduz-se em temperaturas mais elevadas no verão, mais baixas no inverno e na presença de humidade marinha, permitindo uma maior abundância de espécies e de coberto vegetal. Nesta zona são frequentes as espécies de produção como o pinheiro-bravo, o pinheiro-insigne ou pinheiro-de-monterey e o eucalipto, além da faia-europeia. Na zona oriental de Espanha, de maior influência mediterrânica, e à semelhança do que acontece nas ilhas Baleares, a espécie mais frequente é o pinheiro-de-alepo. Nas ilhas Canárias, onde se encontram espécies da floresta Laurissilva, é o pinheiro-das-canárias (Pinus canariensis), uma espécie endémica, que domina.

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Floresta de pinheiro-das-canárias, em Puerto de la Cruz, Tenerife, Canárias

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Faia da floresta Laurissilva, em Monteverde, Canárias

Ao longo dos mais de 50 anos que separam o arranque do IFN1 (1965) e o IFN4 (iniciado em 2008), a superfície arborizada em Espanha cresceu de 11,79 milhões de hectares (23% do território) para 18,54 milhões de hectares (37% do território). Este aumento, resultante principalmente do abandono de terras agrícolas e das atividades de reflorestação, é mais notável nas províncias de Almeria (Andaluzia) e de Múrcia. Atualmente, as províncias de Badajoz e Cáceres (Estremadura) são as que apresentam maior superfície florestal arborizada.

A evolução das principais variáveis entre inventários mostra que os bosques espanhóis tendem cada vez mais para populações maduras e árvores de maiores dimensões, com um aumento do volume nas árvores com diâmetro médio (20 a 25 centímetros), com as coníferas a apresentarem uma tendência mais marcada, com valores máximos de volume nas classes de diâmetro à volta dos 25 centímetros.

A recolha de dados do IFN4 permite identificar exemplares de grandes dimensões. Estas árvores são bons indicadores de naturalidade e biodiversidade associada ao ecossistema florestal. A maior parte delas encontra-se na região norte do país.

As árvores com maiores diâmetros são: castanheiro com 3,07 metros, carvalho-séssil (Quercus petraea) com 2,32 metros, carvalho-roble (Quercus robur) com 1,85 metros e pinheiro-das-Canárias com 1,83 metros. Já em termos de altura média são os Eucalyptus globulus que atingem maiores valores, cerca de 21,57 metros. Seguem-se o pinheiro-insigne, com 19,83 metros, a faia com 17,53 metros e o castanheiro com 13,39 metros.

Em termos de volume, as espécies que apresentaram maiores crescimentos foram o pinheiro-silvestre, a azinheira, a faia-europeia, o pinheiro-de-alepo e as principais espécies de produção: eucalipto, pinheiro-de-monterey e pinheiro-bravo, na região atlântica.

De acordo com o State of European Forests 2020 (SoEF2020), a Espanha foi o país europeu com maior aumento de área de floresta entre 1990 até 2020, com uma média de 155,6 mil hectares por ano. A área florestal cresceu de 13,9 milhões hectares em 1990 (28% da área do país) para 18,6 milhões de hectares em 2020 (cerca de 37% da área do país).

A floresta espanhola, região a região: um mapa ainda em construção

Os dados recolhidos no IFN4 estão a ser usados no projeto Mapa Forestal de España a escala 1:25.000 (MFE25). Esta cartografia apresenta, para cada comunidade autónoma, a estrutura de uso do solo e as principais espécies vegetais existentes. Assim, é possível saber, localmente, quais as principais formações florestais existentes e que área ocupam. Esta cartografia é um trabalho ainda em curso em 2022, não havendo resultados para todas as regiões.

Galiza

Galiza

Comunidade autónoma que faz fronteira com o norte de Portugal, a Galiza tem influência marítima e marcada pelo relevo costeiro e montanhas do interior. É formada por 4 províncias: Corunha, Lugo, Ourense e Pontevedra.

Na Galiza, as espécies que ocupam maior área florestal são eucaliptos e pinheiros-bravos:

  • eucalipto cobre 287,98 mil hectares (20,3% da área florestal);
  • pinheiro-bravo: 240,4 mil hectares (17,0% da área florestal);
  • pinheiro-bravo com outras espécies: 287,98 mil hectares (20,3% da área florestal).

Fazendo o paralelo entre a comunidade da Galiza (2957,5 mil hectares de área e 69% da sua área florestada) e a região Norte de Portugal (2128,6 mil hectares e mais de 27% com floresta), verificamos que no nosso país é o pinheiro-bravo que ocupa maior percentagem da área florestal nesta região, 30,8% que correspondem a 179,9 mil hectares. Seguem-se os povoamentos de eucalipto (164,1 mil hectares, 28,1% da área florestal), povoamentos de outras folhosas (87,8 mil hectares, 15%), carvalhos (56,1 mil hectares, 9,6%) e castanheiros (43,6 mil hectares, 7,5%).

Astúrias

Astúrias

O Principado das Astúrias é uma comunidade de costas escarpadas e na qual se encontra a região montanhosa dos Picos da Europa.

A sua área florestal é composta maioritariamente por:

  • bosques mistos de folhosas autóctones, que cobrem 94606,67 hectares (21,0% da área florestal);
  • castanheiros: 80,56 mil hectares (17,8%);
  • faias: 68,29 mil hectares (15,1%);
  • eucalipto: 60,31 mil hectares (13,4%).

Cantábria

Cantábria

À semelhança das Astúrias, a Cantábria é uma pequena comunidade influenciada pelo clima oceânico húmido e por características montanhosas – a maior parte da região faz parte da cordilheira Cantábrica. Nesta região, a maior parte da área florestal é constituída por povoamentos de folhosas:

  • eucalipto cobre 39,52 mil hectares (19,0% da área florestal da região);
  • bosques mistos de folhosas autóctones: 349,81 mil hectares (16,8%);
  • faias: 317,55 mil hectares (15,2%);
  • carvalho-roble e/ou Quercus petraea: 271,63 mil hectares (13,0%);
  • carvalho-negral: 267,30 mil hectares (12,8%).

País Basco

País Basco

Localizado no norte de Espanha, é atravessado pela cadeia montanhosa dos Pirenéus. Com várias espécies de folhosas e coníferas, a sua floresta é principalmente constituída por:

  • povoamentos de pinheiro-de-monterey ocupam 125,21 mil hectares (32% da área florestal da região);
  • bosques mistos de folhosas autóctones: 50,72 mil hectares (13%);
  • faias: 49,64 mil hectares (12,7%).

Navarra

Navarra

Embora de tamanho reduzido, a geografia desta região é variada. O norte montanhoso é dominado pela cordilheira dos Pirenéus, enquanto o sul se caracteriza pelas planícies aluvionares do vale do Ebro, sendo a espécie predominante a faia.

  • as faias ocupam mais de um quarto da área florestal, com um total de 122,698 mil hectares (28,1%);
  • povoamentos de pinheiro-silvestre: 58,067 mil hectares (13,3%);
  • azinheiras: 31,693 mil hectares (7,3%)
  • pinheiro-negral: 23,045 mil hectares (5,3%).

La Rioja

La Rioja

Localizada a norte, parte do vale do Ebro e a sul a cordilheira de montanhas do Sistema Ibérico, Rioja é atravessada por sete rios, o que contribui para a existência mais expressiva de bosques ribeirinhos, que constituem 3,7% da área florestal desta comunidade autónoma, ocupando 6,563 mil hectares. No entanto, as principais formações arbóreas são constituídas por:

  • carvalho-negral predomina, ocupando 30,726 mil hectares (17,5% da área florestal)
  • pinheiro-silvestre: 26,316 mil hectares (15,0%);
  • faia: 25,555 mil hectares (14,6%);
  • azinheira: 19,514 mil hectares (11,1%).

Catalunha

Catalunha

Esta comunidade autónoma tem a sua geografia condicionada pelos Pirenéus e pela costa do Mediterrâneo. Aqui dominam povoamentos de diferentes pinheiros:

  • povoamentos de pinheiro-de-alepo são os mais expressivos e ocupam 332,719 mil hectares (21,2% da área florestal da região);
  • povoamentos de pinheiro-silvestre cobrem 180,372 mil hectares, (11,5%);
  • povoamentos de outros pinheiros ocupam 198,467 mil hectares (12,6%);
  • povoamentos mistos de pinheiros com outras espécies: 245,278 mil hectares (15,6%);
  • povoamentos de azinheira: 213,404 mil hectares (13,6%).

Comunidade de Madrid

Comunidade de Madrid

Localizada no centro do país, com invernos frescos e verões quentes, esta região é bastante plana, embora inclua algumas serras pertencentes ao Sistema Central. Perto de metade da sua área florestal é constituída azinhais e dehesas.

  • povoamentos de azinheira ocupam 81,228 mil hectares (30,7% da área florestal);
  • dehesas prolongam-se por 46,559 hectares (17,6%);
  • povoamentos de pinheiro-silvestre: 26,794 mil hectares (10,1%);
  • Povoamentos de carvalho-negral: 22,354 hectares (8,4%).

Estremadura

Estremadura

Faz fronteira com Portugal na região Centro e Alentejo e tem um clima temperado a norte e mais quente a sul. A azinheira é a árvore típica desta região.

  • dehesas de azinheira ocupam 1151,258 mil hectares (58,3% da área florestal da região;
  • povoamentos de azinheiras totalizam 196,054 mil hectares (9,9%);
  • pinhais de pinheiro-bravo: 87,088 mil hectares (4,4%);
  • carvalhais de carvalho-negral e de carvalho-cerquinho: 64,914 mil hectares (3,3%);
  • povoamentos de sobreiro: 56,898 mil hectares (2,9%);
  • eucaliptais: 57,822 mil hectares (2,9%).

A região do Alentejo (3160,5 mil hectares e mais de 42% de ocupação florestal), embora com uma zona costeira, pode ser comparada com a Estremadura espanhola (4163,5 mil hectares e 69% de área florestada). No nosso país é o sobreiro que ocupa a maior parte da área florestal da região, 45,7%, o equivalente a 609,4 mil hectares, seguido pela azinheira, com 317,5 mil hectares (23,8% da área florestal da região), do eucalipto com 199,6 mil hectares (15%), pinheiro-manso com 131,5 mil hectares (9,9%) e pinheiro-bravo com 55,1 mil hectares (4,1%).

Região de Múrcia

Região de Múrcia

Localizada na costa mediterrânica, Múrcia tem uma zona interior montanhosa mais húmida e na sua floresta predomina o pinheiro-de-alepo.

  • povoamento de pinheiro-de-alepo cobrem 248,326 mil hectares (80,6% da área florestal da região);
  • povoamentos mistos de espécies autóctones: 29,424 mil hectares (9,6%);
  • zimbrais de sabina-negral, Juniperus phoenicea: 9,846 mil hectares (3,2%);
  • pinhais de pinheiro-negral: 7,961 mil hectares (2,6%);
  • povoamentos de azinheira: 6,639 mil hectares (2,2%);
  • povoamentos de pinheiro-bravo: 5,829 mil hectares (1,9%).

Baleares

Ilhas Baleares

O arquipélago mediterrânico é composto por quatro ilhas (Maiorca, Menorca, Ibiza e Formentera), vários atóis e ilhotas e o coberto arbóreo é também dominado pelo pinheiro-de-alepo:

  • os povoamentos de pinheiro-de-alepo prolongam-se por 80,116 mil hectares (43,2% da área florestal do arquipélago);
  • olivais, Olea europaea: 42,261 mil hectares (22,8%);
  • povoamentos mistos de espécies autóctone: 47,098 mil hectares (25,4%);
  • povoamentos de azinheira (13,147 mil hectares (7,1%);
  • zimbrais de sabina-negral, Juniperus phoenicea: 2,760 mil hectares (1,5%).

Ilhas Canárias

ilhas Canárias

Arquipélago localizado no Atlântico, a oeste da costa marroquina, as Canárias, em conjunto com Açores, Madeira e Cabo Verde, constituem a Macaronésia, a região onde subsiste a floresta Laurissilva, pelo que as espécies florestais diferem bastante das mais comuns da floresta espanhola continental:

  • os povoamentos de pinheiro-das-Canárias totalizam 77,810 mil hectares (58,3% da área florestal das Canárias);
  • as comunidades de fayal-brezal, uma formação florestal típica de florestas húmidas composta por samouco ou faia-das-ilhas (Myrica faya), urze-branca (Erica arborea) e urze-das-vassouras (Erica scoparia) ocupam 23,619 mil hectares (17,7%);
  • os povoamentos mistos de espécies autóctones cobrem 9,041 mil hectares (6,8%);
  • os bosques mistos de fayal-brezal e laurissilva macaronésica mantêm-se em 6,933 mil hectares (5,2%).
*Artigo em colaboração

Rita Moura Gameiro

Rita Moura Gameiro frequenta a licenciatura de Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, e colaborou com a plataforma Florestas.pt, na elaboração deste conteúdo, no âmbito dos estágios de verão alumnISA.