Têm-se registado cada vez mais fenómenos meteorológicos extremos, com períodos prolongados de tempo quente e seco associados a fenómenos de vento. Algumas destas ocorrências estão a acontecer fora daquela que é chamada, tradicionalmente, a época de risco de incêndios (julho a setembro) e têm contribuído para incêndios maiores (em extensão e intensidade) na primavera e no outono. Em simulações efetuadas no âmbito do projeto SIAM, foi previsto um prolongamento da época de incêndios para o outono.
Em 2017, por exemplo, os dois incêndios mais devastadores em Portugal aconteceram em junho e outubro. Outubro foi o mês mais crítico devido à secura acumulada de fim de verão e à ocorrência do furacão Ofélia que trouxe ventos fortes e secos. Este foi, aliás, o mês responsável por mais de metade da área total ardida em 2017: 53,5% segundo o relatório do European Fire European Forest Fire Information System (EFFIS).