Reconhecida como a componente chave para a sobrevivência das espécies a longo prazo, a diversidade genética é o património base da sustentabilidade, porque equivale à matéria-prima essencial da adaptação, evolução e sobrevivência das espécies e dos indivíduos que as integram.
A diversidade genética determina a capacidade adaptativa de qualquer espécie, possibilitando a sua evolução num ambiente em constante alteração. Esta capacidade de adaptação é especialmente importante no presente, já que as espécies e as suas populações estão sujeitas a novos stresses, que resultam, por exemplo, da perda de habitat, de novas pragas e doenças, da poluição e de várias pressões decorrentes das alterações climáticas.
A diversidade genética de uma espécie resulta dos processos evolutivos que a foram moldando ao longo de várias gerações: das migrações, da deriva genética (alteração das frequências alélicas ao longo das gerações, devido ao acaso), das mutações, da seleção natural, entre outros processos. De uma forma simplificada, a diversidade genética de uma espécie compreende a variabilidade entre as suas populações (diversidade interpopulacional) e a variabilidade existente entre os indivíduos (neste caso, árvores) dentro destas populações (diversidade intrapopulacional).