A faia é uma espécie habitual nas florestas da Europa Central. É uma árvore característica de montanha, que esteve presente no nosso país, mas se extinguiu há milhares de anos, tendo sido reintroduzida pelos antigos Serviços Florestais durante a florestação da serra do Gerês e noutras serras do Norte e Centro, desde o século XIX.
Também conhecida como faia-europeia, a Fagus sylvatica pertence ao género Fagus, família das Fagáceas, que integra também os carvalhos e o castanheiro. O seu nome científico Fagus deriva do grego phagos, que significa comer (e designava também um tipo de carvalho), o que pode estar relacionado com os seus frutos e folhas jovens comestíveis.
A faia é uma espécie de folha caduca, com uma copa ampla e que pode crescer até aos 30 a 40 metros de altura. A sua casca tende a ser lisa e de tom cinza-claro. As folhas, entre o oval e o elíptico, são verde-claras quando jovens e a sua cor vai-se intensificando até ganharem um amarelo intenso no outono e, depois, um castanho-avermelhado antes de caírem.
Nesta espécie, uma mesma árvore tem flores femininas e masculinas (sendo, por isso, designada como uma espécie monoica). As flores masculinas, que aparecem entre abril e maio, estão agrupadas em pequenos cachos (chamados amentilhos) de cor amarelada, dispersos ao longo dos galhos. As flores femininas nascem em conjuntos de duas ou três, dentro de uma cúpula esverdeada e espinhosa.