À primeira vista, as madeiras podem ser avaliadas pelo seu aspeto, através de características como a cor e o brilho, o cheiro, a largura (maior ou menor) dos anéis de crescimento, o grão, a presença de defeitos ou pelo peso da madeira, que nos dá indicações sobre a sua densidade e dureza. Estas características estão associadas às propriedades da madeira e permitem a um artesão ou profissional desta indústria diferenciar, por exemplo, entre uma madeira de carvalho e de freixo.
A primeira tem uma cor castanha no cerne (interior do tronco) e mais amarelada no borne (exterior), um grão grosseiro e desigual, é pesada, dura, resistente e durável; a segunda tem um tom uniformemente amarelo-rosado, com anéis de crescimento bem distintos e um grão medianamente grosseiro, apresentando dureza média e alta elasticidade.
No entanto, muitas destas características, que condicionam a adaptabilidade e comportamento da madeira em diferentes utilizações, podem ser avaliadas mais objetivamente pela determinação das suas propriedades físicas, mecânicas e tecnológicas, assim como das suas características químicas e anatómicas.
De acordo com a obra “Madeiras Portuguesas”, de Albino de Carvalho, os três tipos principais de propriedades da madeira, que servem de base à sua caracterização, relacionam-se com as propriedades físicas, mecânicas e tecnológicas.