As espécies de árvores plantadas para produzir papel variam bastante entre regiões, em função das que estão mais bem-adaptadas às respetivas características de relevo, solo e clima, e também das espécies que apresentam as características mais adequadas (dimensão das fibras de celulose, por exemplo) ao fabrico de diferentes tipos de papéis e cartões.
Em Portugal, a maioria do papel nacional e da pasta com que é produzido têm por base a madeira de eucalipto, em particular da espécie Eucalyptus globulus, mas é também usada, em menor quantidade, a madeira de pinheiro-bravo (Pinus pinaster) para alguns papéis de embalagem.
A nível europeu, de acordo com as estatísticas da CEPI – Confederation of European Paper Industries, de 2024, a maior parte da madeira transformada pela indústria da pasta e do papel veio de espécies coníferas, ou seja, das árvores com folhas que lembram agulhas e frutos que têm a forma de cones (pinhas). Estas árvores são também conhecidas como resinosas, embora nem todas tenham resina.
Entre as coníferas mais usadas para papel na Europa, a CEPI indica os espruces (ou píceas) e os pinheiros, que representaram, respetivamente, 37,9% e 37,2% do total da madeira transformada. A madeira das espécies folhosas – árvores de folhas largas e com frutos que contêm a semente escondida no seu interior – foi responsável pelos restantes 24,9%, com as bétulas (11,9%) e os eucaliptos (9,2%) entre as mais representativas. Faias, álamos e choupos, carpa-europeia, freixo, ácer, acácias, carvalhos, amieiros, salgueiros e castanheiros fazem também parte das espécies que nos dão o papel.
Nos EUA, as coníferas integram o principal grupo de árvores plantadas para produzir papel. Representam 85% do total, segundo a Fundação de Pasta e Papel da Universidade do Maine. Historicamente, têm sido usadas várias espécies de espruces e pinheiros, o abeto-balsâmico (Abies balsamea) e a tsuga (Tsuga heterophylla).