Inicialmente concebidos para contabilizar externalidades, promover práticas agrícolas mais sustentáveis e explorar pagamentos relacionados com a política agrícola, os projetos de pagamento por serviços de ecossistema têm vindo a alargar os seus objetivos na União Europeia, ampliando-se a diferentes questões centrais da política comum, como a perda de biodiversidade e o sequestro de carbono.
Muitas vezes referidos como PES – sigla para a expressão inglesa “Payment for Ecosystem Services”, incluem geralmente na Europa a cooperação entre os sectores público e privado. Os esquemas materializam-se através de diferentes tipos de financiamento, destacando-se o público (pelos governos), o privado (pelos utilizadores dos serviços, principalmente empresas) e os esquemas público-privados. A cooperação é estabelecida por meio de acordos, fundos coletivos e/ou medidas compensatórias de mitigação.
A União Europeia (UE) tem uma influência significativa na sua promoção e trouxe o pagamento por serviços de ecossistema para a agenda política comunitária através dos Programas de Desenvolvimento Rural (PDR) nacionais.
Entre as iniciativas financiadas através de fundos dos PDR, estão em funcionamento vários PES que beneficiam dos Pagamentos Natura 2000 e outros projetos que se enquadram nos apoios da Política Agrícola Comum (PAC). Outros fundos comunitários – Fundo Ambiental, por exemplo – financiam (ou cofinanciam) vários outros esquemas e o mesmo acontece por parte de entidades privadas.